É bem verdade que o Bayern de Munique escalou o dito esquadrão B, mas entre os 11 titulares estavam nomes como Daniel van Buyten, Javi Martínez, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Sherdan Shaqiri, Claudio Pizarro e Mario Mandzukic. Bem ou mal, alguns destes jogadores estarão inclusive na Copa do Mundo no Brasil.

Porém o gol do atacante Sascha Mölders, aos 31 minutos do primeiro tempo, foi o único da partida e trouxe de volta ao Bayern de Munique o gostinho de uma derrota no Campeonato Alemão – algo que não acontecia desde o dia 26 de outubro de 2012. Naquela oportunidade, ainda sob o comando de Jupp Heynckes, o Bayern perdeu para o Bayer Leverkusen, por 2 a 1, em plena Allianz Arena. Aquela havia sido a única derrota na campanha repleta de recordes da temporada passada. O recorde de campanha imbátivel, Jupp não alcançou – Pep também (ainda) não.

Arsenal campeão inglês invicto em 2004. Gilberto Silva e Edu fizeram parte da conquista

São muitos os exemplos de campeões invictos no futebol europeu. Apenas para listar alguns (os times mais famosos):
FC Porto – temporada 2010/2011 – time contava com Radamel Falcao e Hulk e era treinado por André Villas-Boas
Arsenal FC – temporada 2003/2004 – apelidados de “The Invincibles”, em alusão ao Preston North End – o primeiro campeão invicto do futebol mundial em 1889 -, os Gunners tinham um esquedrão com Thierry Henry, Dennis Bergkamp, Patrick Vieria, Sol Campbell, Robert Pirès…
Ajax Amsterdam – temporada 1994/1995 – dirigida por Luis van Gaal a equipe tinha jovens promessas do calibre de Clarence Seedorf, Edwin van der Saar, Frank Rijkaard, os irmãos de Boer, Edgar Davids, Patrick Kluivert…

O Bayern de Munique ficou 53 partidas invencível. Um número impressionante, levando em conta a estatística interna na Alemanha. O recorde anterior pertencia ao Hamburgo, que, entre as temporadas de 1981 e 1982, somou 36 jogos sem derrota. Mas comparado com invencibilidades em outros países europeias, a sequência bávara beira ao inespressivo, ao comum.

Shakthar Donetsk – 2000 até 2002 – 55 jogos
FC Porto – 2010 até 2012 – 55 jogos
Benfica – 1976 até 1978 – 56 jogos 
Skonto FC (Letônia) – 1993 até 1996 – 58 jogos
Olympiacos – 1972 até 1974 – 58 jogos
Milan – 1991 até 1993 – 58 jogos
FC Shirak e FC Pyunik (Armênia) – 1993 até 1995 e 2002 até 2004 – ambos 59 jogos
Union Saint-Gilloise (Bélgica) – 1933 até 1935 – 60 jogos
FC Levadia Tallinn (Estônia) – 2008 até 2009 – 61 jogos
Celtic – 1915 até 1917 – 62 jogos
FC Sheriff (Moldávia) – 2006 até 2008 – 63 jogos

Antes do início da saga invencível, o Steaua foi campeão da Liga dos Campeões contra o Barcelona

Mas o imbátivel de todos os imbatíveis é o Steaua Bucareste. O clube romeno ficou impressionantes 104 jogos sem ser derrotado, entre agosto de 1986 e setembro de 1989. Neste meio tempo conquistou três campeonatos romenos de futebol consecutivos e invictos (!), duas copas da Romênia e chegou à final da Copa dos Campeões – competição precursora da Champions League.

A campanha invicta do Steaua é tão surreal e mítica, que atraiu suas suspeitas. Na época, a Romênia era comandada pelo ditador Nicolae Ceausescu, e o filho Valentin Ceausescu mantinha laços mais do que extremos com o Steaua Bucareste. Valentin é acusado de influenciar as arbitragens e o desempenho de equipes adversárias. Além disso, alega-se na Romênia que muitos dos jogadores, incluindo o craque Gheorghe Hagi, eram transferidos para o Steaua sem o consenso dos outros clubes e dos próprios jogadores. Após o fim da ditadura, Valentin declarou que ele apenas protegeu o Steaua da influência política do arquirival Dínamo Bucareste – clube favorecido pela temida polícia secreta romena.

E, aí? Alguém sabe de outros campeões invictos no futebol? Milan, Panathinaikos, Internacional….
E de quem é a maior sequência sem derrotas no futebol brasileiro?
Passe a bola para os DoisToques…

Thorsten Fink: fim de linha na 5ᵃ rodada depois da derrota por 6 a 2 contra o Borussia Dortmund

Temporada 2012/2013
TSG Hoffenheim: Markus Babbel, Marco Kurz e Markus Gisdol
Alcança a relegação na última rodada. Em com duas vitórias  contra o Kaiserslautern permanece na primeira divisão.

Temporada 2011/2012
Hertha Berlin: Markus Babbel, Michael Skibbe e Otto Rehhagel
É rebaixado na relegação em confronto com o Fortuna Düsseldorf.

Temporada 2010/2011
1. FC Köln: Zvonimir Soldo, Frank Schäfer e Volker Finke
O Clube de Colônia consegue se safar do rebaixamento.

Temporada 2010/2011
VfL Wolfsburg: Steve McClaren, Pierre Littbarski e Felix Magath
O clube consegue evitar o rebaixamento na última rodada.

Temporada 2010/2011
VfB Stuttgart: Christian Gross, Jens Keller e Bruno Labbadia
Labbadia consegue levar o Stuttgart até a 12ᵃ colocação.

Temporada 2009/2010
VfL Bochum: Marcel Koller, Heiko Herrlich e Dariusz Wosz
De nada ajudou trazer a lenda do clube. Com apenas duas partidas faltando Wosz não conseguiu evitar o rebaixamento.

Temporada 2009/2010
Hannover 96: Dieter Hecking, Andreas Bergmann e Mirko Slomka
Slomka chega na 19ᵃ rodada, perde as seis primeiras partidas com Hannover, mas consegue a salvação na última rodada.

Temporada 2006/2007
Arminia Bielefeld: Thomas vom Heesen, Frank Geideck  e Ernst Middendorp
Com nove partidas para o término da liga, Middendorp leva Bielefeld da 17ᵃ para a 12ᵃ colocação.

Temporada 2005/2006
MSV Duisburg: Norbert Meier, Jürgen Kohler e Heiko Scholz
Scholz assume com seis partidas faltando e não consegue evitar o rebaixamento.

Temporada 2005/2006
Bayer Leverkusen: Klaus Augenthaler, Rudi Völler e Michael Skibbe
Skibbe assumiu já na nona rodada e classificou a equipe para a Europa League.

Temporada 2004/2005
Borussia Mönchengladbach: Holger Fach, Dick Advocaat e Horst Köppel
A cinco rodadas do fim, Köppel mantém o Mönchengladbach na primeira divisão.

Temporada 2002/2003
Bayer Leverkusen: Klaus Toppmöller, Thomas Hörster e Klaus Augenthaler
O campeão do mundo de 1990 assume faltando duas partidas e salva o clube do rebaixamento.

Temporada 2000/2001
Eintracht Frankfurt: Felix Magath, Rolf Dohmen e Friedel Rausch
De nada adiantou. Frankfurt termina na penúltima posição e é rebaixado.

Temporada 2000/2001
Bayer Leverkusen: Christoph Daum, Rudi Völler e Berti Vogts
O escândalo por uso de cocaína derrubou Daum e no final das contas Berti Vogts classificou o clube para a Copa da UEFA.

Temporada 1999/2000
Borussia Dortmund: Michael Skibbe, Bernd Krauss e a dupla Matthias Sammer e Udo Lattek
A dupla Sammer e Lattek assume na 29ᵃ rodada e leva o BVB até a 11ᵃ colocação.

Bert van Marwijk: oito derrotas seguidas e a penúltima colocação extrapolaram no HSV

Além da curiosidade de que o Bayer Leverkusen está representado três vezes nesta lista e de que grandes nome do futebol alemão, como Rudi Völler, Klaus Augenthaler, Felix Magath e Otto Rehhagel, estão entre as vítimas da dança das cadeiras, um nome em particular chama a atenção. Exatamente de Mirko Slomka, treinador que salvou o Hannover 96 do rebaixamento em 2010 e esteve por lá até o final de 2013. Neste meio tempo levou o Hannover para duas participações na Europa League. Teve um trabalho sólido, sempre colocando o primo pobre do norte da Alemanha na parte de cima da tabela de classificação.

Aos 46 anos de idade, Slomka treinou ainda o Schalke 04, onde disputou jogos da UEFA Champions League, mas não possui um troféu sequer em sua estante. O treinador recebeu um contrato até metade de 2016, incluindo uma cláusula para a segunda divisão: onde o HSV nunca foi e não pretende ir – onde Slomka poderia comemorar o seu primeiro título, retornando com o dinossauro à Bundesliga.

O trabalho será duro e começa contra o atual vice-campeão europeu, Borussia Dortmund, no próximo sábado. Minha opinião: o Hamburgo consegue evitar o rebaixamento.

Não foi um desempenho que mereça ser destaque nas manchetes sobre a 11ᵃ rodada da Bundesliga. O Bayer de Munique esteve em um dia pouco inspirado e penou para derrotar o Hoffenheim, por 2 a 1. Porém, com esta vitória, além de manter a ponta da tabela de classificação, os bávaros igualaram um recorde histórico: esta foi a 36ᵃ partida seguida sem derrota do Bayern de Munique no Campeonato Alemão, feito alcançado somente pelo Hamburgo na década de 80. A última derrota dos bávaros foi no dia 28 de outubro de 2012, na Allianz Arena, contra o Bayer Leverkusen, por 2 a 1.

No duelo em Hoffenheim, o treinador do atual campeão alemão, Pep Guardiola, promoveu quatro alterações em relação à rodada passada. Os contundidos Toni Kroos e Arjen Robben deram lugar para os “Super Marios” Götze e Mandzukic. Dante e Javi Martínez também começaram como titular nos lugares de Rafinha e Daniel van Buyten. Pelo lado do Hoffenheim, o principal atacante, Kevin Volland, voltou de contusão.

E os donos da casa abriram o marcador aos 34 minutos de jogo, com Niklas Süle, em falha do goleiro Manuel Neuer. A resposta veio rápida e cinco minutos depois, Mario Mandzukic empatou. E faltando 15 minutos para o fim da partida, Franck Ribéry deu sua segunda assistência no jogo e Thomas Müller só teve que empurrar a bola para o gol. Foi um jogo de paciência, no qual prevaleceu a superioridade na qualidade técnica dos atletas do Bayern de Munique.

Depois da partida, apesar da vitória e do recorde, Pep Guardiola se mostrou bastante insatisfeito. “Preciso corrigir minha estratégia. Vou explicar aos meus jogadores primeiro, o que estou pensando exatamente. São questões táticas. Nós precisamos melhorar para conquistar a Bundesliga”, disse o perfeccionista Guardiola, que acredita que o futebol apresentado pela sua equipe até agora, não é suficiente para terminar na frente do Borussia Dortmund no final da liga.

Dortmund: 31 gols em 11 jogos

Robert Lewandowski (centro) marcou três gols e assumiu a artilharia da Bundesliga.

O Dortmund continua colado nos bávaros – apenas um ponto atrás. E o melhor ataque da Bundesliga fez nova vítima. Goleada por 6 a 1 contra o Stuttgart, com direito a hattrick do artilheiro do campeonato, Robert Lewandowski. E de virada ainda. Esta foi a primeira derrota do treinador Thomas Schneider no comando do Stuttgart. E não tinha como ter sido diferente: o futebol do Dortmund se assemelha ao power play no hóquei. É avassalador na velocidade e na intensidade de jogo. Marcação sob pressão quase no campo inteiro, com saídas rápidas e cirúrgicas, quase sempre conseguindo chegar na área adversário com seis ou mais jogadores.

Pode ser que não baste para voltar à final da Champions League, mas definitivamente possui muito boas chances de levantar a nona salva de prata e se tornar o segundo maior campeão alemão de maneira isolada. Hoje esta posição é dividida com o Borussia Mönchengladbach, que viveu anos de glórias nas décadas de 60 e 70.

Na 11ᵃ rodada, finalmente o Freiburg conseguiu conquistar sua primeira vitória, vencendo o Nürnberg fora de casa. Com os três pontos, o Freiburg ultrapassou o próprio Nürnberg na classificação. Outro resultado surpreendente foi a vitória do lanterna Eintracht Braunschweig contra o Bayer Leverkusen, que perdeu contato com a dupla Bayern de Munique e Borussia Dortmund, mas segue tranquilo na terceira posição.

Todos os gols da 11ᵃ rodada da Bundesliga.

A tabela de classificação completa (em alemão).

Os resultados da 11ᵃ rodada da Bundesliga:

Borussia Dortmund 6×1 Vfb Stuttgart
Gols Dortmund: Sokratis Papastathopoulos (19′), Marco Reus (22′), Robert Lewandowski (54′, 56′ e 72′) e Pierre-Emerick Aubameyang (81′)
Gol Stuttgart: Karim Haggui (13′)

Hertha Berlin 0×2 Schalke 04
Gols Schalke: Adam Szalai (26′) e Julian Draxler (90+4′)

1899 Hoffenheim 1×2 Bayern München
Gol Hoffenheim: Niklas Süle (34′)
Gols Bayern: Mario Mandzukic (39′) e Thomas Müller (75′)

FC Nürnberg 0×3 SC Freiburg
Gols Freiburg: Felix Klaus (57′), Vladimir Darida (79′) e Admir Mehmedi (88′)

Hamburger SV 0×2 Borussia Mönchengladbach
Gols Mönchengladbach: Max Kruse (23′ e 63′)

Eintracht Braunschweig 1×0 Bayer Leverkusen
Gol Braunschweig: Dominick Kumbela (81′)

Eintracht Frankfurt 1×2 VfL Wolfsburg
Gol Frankfurt: Alexander Meier (35′)
Gols Wolfsburg: Anderson (contra 2′) e Maximilian Arnold (82′)

FC Augsburg 2×1 FSV Mainz
Gols Augsburg: André Hahn (27′ e 49′)
Gol Mainz: Eric Maxim Choupo-Moting (pen. 59′)

Werder Bremen 3×2 Hannover 96
Gols Bremen: Aaron Hunt (pen. 25′), Cedrick Makiadi (38′) e Santiago García (86′)
Gols Hannover: Szabolcs Huszti (pen. 20′) e Hiroki Sakai (41′)

O Tribunal Esportivo da Federação Alemã de Futebol (DFB) decidiu nesta segunda-feira (28/10) que a partida entre Hoffenheim e Bayer Leverkusen não será repetida. No último dia 18 de outubro, o Bayer Leverkusen venceu por 2 a 1 com um “gol fantasma” de Stefan Kießling, no qual a bola entrou pelo lado de fora da rede. Por isso, o Hoffenheim entrou com recurso no DFB para obter a anulação e, consequentemente, a repetição da partida. Mas o veredicto do julgamento presidido pelo juíz Hans E. Lorenz, é de que não houve violação de regra, mas, sim, uma decisão factual. E esta, por mais que esteja errada, é intocável e irrevogável.

“O Tribunal Esportivo do DFB é independente. Nós não tomamos nossas decisões para agradar o DFB, a DFL (entidade que administra a Bundesliga) ou a Fifa”. Foram com estas palavras que o juíz Lorenz abriu a audiência, mas no final das contas o veredicto tomado representa exatamente a política e as normas estabelecidas pela Fifa: a decisão em campo do árbitro é sagrada e foi mantida. E o argumento final foi de que o árbitro da partida, Dr. Felix Brych, errou, sim, mas não violou nenhuma regra de jogo. Brych tomou uma decisão factual.

“Ninguém me falou que não foi gol” 

Durante o julgamento, Brych confirmou que o assistente Stefan Lupp lhe deu um sinal confirmando o gol. “As dúvidas iniciais com relação ao voo da bola foram eliminadas com a comunicação com Lupp”, disse Brych, que, pela regra, podia anular o gol até o apito que reiniciou a partida. “Mas ninguém me falou que não havia sido gol”. Brych alegou ainda que ele ficou com a visão do lance prejudicada, que perdeu a bola de vista e só voltou a vê-la dentro da rede. E isto não é desconhecimento da regra ou violação da mesma. É apenas uma decisão errada.

Stefan Kießling, autor do gol, que já havia declarado diversas vezes que também não viu o lance com clareza, manteve seu discurso. “Eu vejo a bola voando em direção ao lado de fora da rede. Minha vista estava bloqueada, não vejo a bola entrar, apenas que ela estava dentro. Meu primeiro pensamento foi que o goleiro desviou ela para dentro. Pensei em muitas possibilidades, mas não de que a rede tivesse um buraco”.

Kießling (mãos na cabeça) e a clara reação de lamentação pelo gol perdido, logo após a cabeçada

Kießling é considerado um esportista leal e muito por isso ele foi poupado de críticas na imprensa e pelo Hoffenheim. Porém, o treinador do Hoffenheim, Markus Gisdol, tocou em um ponto pertinente: “Se não repetirmos a partida, todos os jogadores optarão no futuro por sempre negar a irregularidade, a fim de manter os três pontos. Se a partida for repetida, estaremos fomentando um fair play em campo”. O clube ainda não decidiu se vai entrar com recurso.

Caso Helmer 

Em 23 de abril de 1994, o Bayern de Munique recebeu o FC Nürnberg no antigo Estádio Olímpico de Munique. E aos 26 minutos de jogo, o zagueiro Thomas Helmer, após cobrança de escanteio, se enrolou com a bola e a empurrou, rente a trave, mas para fora. Naquela época o Tribunal Esportivo decidiu pela repetição da partida com a seguinte argumentação: “O árbitro Hans-Joachim Osmers decidiu, apesar de a reação dos jogadores e torcedores implicar que a bola não havia entrado e sem ter perguntado ao assistente Jörg Jablonski, em dar o gol para o Bayern de Munique”. 

Osmers sabia que no segundo toque de Helmer, a bola havia saído, mas tinha dúvidas com relação ao primeiro toque. E quando olhou para o assistente Jablonski, este estava com a bandeirinha levantada. Os dois se comunicaram via contato visual achando que estavam sinalizando o mesmo lance, mas o grande erro, segundo o tribunal, foi o árbitro não ter ido perguntar o porquê da bandeira estar levantada. Ou seja, ele transferiu a decisão de dar o gol ou não ao assistente, sem saber de qual lance ele estava levantando o instrumento. Neste caso, a decisao factual foi eliminada e uma violação de regra, a de que a bola não ultrapassou a linha da meta, anulou o jogo. Com esta argumentação, o Tribunal Esportivo manejou a repetição daquela partida. E este erro de comunicação entre árbitro e assistente não houve em Hoffenheim: os dois viram a bola dentro do gol e se comunicaram claramente. 

Lance do “gol fantasma” de Thomas Helmer (encostado na trave), no jogo que viria a ser repetido

Tecnologia da linha do gol, já!

Cada vez mais a pressão pela implementação de uma tecnologia, que identifica se a bola entrou ou não, está ganhando voz. E de fato, para evitar tais discussões e injustiças, esta é a única saída. O esporte não vai perder seu charme ou sua fluidez. É preciso acompanhar a modernidade e a velocidade do jogo. É preciso deixar de ser antiquado e, ao menos nos lances de validação de gol, possibilitar a existência de uma rápida comunicação do árbitro com um oficial da liga ou da federação que, através de analise de vídeo e computação gráfica, possa dar o veredicto no momento do lance. E não como hoje em dia: uma semana depois em um tribunal.

O juíz Lorenz fechou a audiência desta segunda-feira, reivindicando exatamente esta evolução, à qual a única que se opõe é a Fifa e a identidade que regula a regras do futebol: a senil International Board: “Precisamos começar a pensar seriamente sobre a tecnologia da linha do gol. Modalidades como o hockey no gelo estão muito mais evoluídos, neste quesito, do que o futebol. Eu apoio totalmente a implementação desta tecnologia para aliviar a pressão sobre os árbitros”.

1. FC Nürnberg – VfB Stuttgart – Sexta-feira 25.10.2013 – 20:30 (15:30 Brasília)

O Holandês Gertjan Verbeeck é o novo treinador do Nürnberg e com ele vem a esperança de novos ares no clube bávaro, já que Verbeeck é conhecido por ser disciplinador e duro com seus atletas, no melhor estilo Louis van Gaal. Ainda sem vitórias na Bundesliga, talvez seja exatamente isto o que está faltando para o Nürnberg engrenar no campeonato. Já o Stuttgart não poderá contar com o zagueiro Antonio Rüdiger, suspenso e quer aumentar a sequência de duas rodadas sem derrota e entrar de vez na briga por vaga nas competições europeias da próxima temporada.
Placar: Nürnberg 1×2 Stuttgart

FC Schalke 04 – Borussia Dortmund – Sábado 26.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

É o clássico das multidões operárias do vale do Ruhr e o favoritismo neste derby, de fato, não carrega nenhuma importância. Na temporada passada o Schalke 04 venceu os dois encontros por 2 a 1 e quer repetir a dose neste ano. Na história da Bundesliga, o clássico está empatado com 29 vitórias para cada lado e 24 empates. A vantagem azul está na única vitória pela Copa da Alemanha, quando eliminou o Dortmund em 2001. Já no quesito títulos, vantagem amarela que levantou oito vezes sa lva de prata – contra sete do Schalke, que por sinal venceu o Campeonato Alemão pela última vez em 1958 e sua fase vencedora nos 30 e 40 se deve ao fato de ter recebido o total apoio do regime nazista. Neste sábado, o Schalke ainda torce pela recuperação de Kevin-Prince Boateng e o Dortmund pode vir a poupar alguns jogadores visando a Champions League. Mas o elenco amarelo é bastante superior ao elenco azul. A única coisa certa em Gelsenkirchen é que a polícia terá bastante trabalho para impedir azuis e amarelos partam para a violência.
Placar: Schalke 1×2 Borussia Dortmund

Bayern München – Hertha Berlin – Sábado 26.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Mais um show ou jogo de paciência? Como a grande maioria que vai à Allianz Arena, o Hertha deve montar uma bareira humana na frente de sua grande área. Para o Bayern, que ao que indica já pegou o “jeito Pep” de jogar – com posses de bola que chegam a 75% nas partidas – será ncessário uma grande movimentação dos homens do meio-campo: Thomas Müller, Franck Ribéry e Toni Kroos, o rei dos passes certos na Alemanha (na Champions League Kroos acertou 98% dos passes feitos).
Placar: Bayern de Munique 2×0 Hertha Berlim

Bayer Leverkusen – FC Augsburg – Sábado 26.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Depois da vitória convincente por 4 a 0 contra o Shakhtar Donetsk, pela Champions League, o Bayer Leverkusen quer manter o ritmo na Bundesliga. O Augsburg, que não sabe o que é vencer desde a quinta rodada, não deve ser uma presa difícil para Stefan Kießling, Sidney Sam e cia. Se tudo seguir a normalidade nesta rodada, o Bayer pode abrir nove pontos para o quarto colocado.
Placar: Bayer Leverkusen 2×0 Augsburg

Hannover 96 – 1899 Hoffenheim – Sábado 26.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

O Hannover é uma das cinco equipes ainda invictas em casa: são quatro vitórias e um empate. E a equipe quer colocar novamente força que tem em sua casa em prática. Já o Hoffenheim, depois de perder do Leverkusen com um gol que não foi, olhará com bastante atenção a costura das redes da AWD Arena.
Placar: Hannover 1×0 Hoffenheim

FSV Mainz 05 – Eintracht Braunschweig – Sábado 26.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Mesmo o Braunschweig sendo lanterna, quem está no meio da crise é o Mainz 05, que começou a temporada com três vitórias, mas desde lá somou apenas mais um empate. Queda livre para os comandados de Thomas Tuchel e por isso a partida contra o Braunschweig é vista como “final” e “decisiva” pelos lados do Mainz.
Placar: Mainz 2×0 Eintracht Braunschweig

VfL Wolfsburg – Werder Bremen – Sábado 26.10.2013 – 18:30 (13:30 Brasília)

Este é o único confronto verde e branco na Bundesliga. Colados na tabela com os mesmos 12 pontos, a temporada vem sendo de altos e baixos para ambos. O Wolfsburg consegue golear o Schalke 04 e perder em casa para o Eintracht Braunschweig. Já o Werder Bremen vence o clássico do norte contra o Hamburgo por 2 a 0, mas marcou até aqui apenas quatro gols na Bundesliga. Para piorar a situação, o Bremen não poderá contar com seus dois atacantes: Nils Petersen e Franco di Santo, contundidos, e o treinador Robin Dutt terá que improvisar no comando de ataque. Este será também o primeiro reencontro do Werder Bremen com seu antigo direitor Klaus Allofs, agora dirigente no Wolfsburg.
Placar: Wolfsburg 2×0 Werder Bremen

Hamburger SV – VfB Stuttgart – Domingo 27.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Nos últimos dois jogos o Hamburgo marcou oito gols e o Freiburg apenas um. Está estatística contextualiya perfeitamente a fase que cada equipe está vivendo. Enquanto o Hamburgo está em franca recuperação graças a um inspirado Pierre-Michel Lasogga, o Freiburg tem que se duplicar entre a Bundesliga e a Liga da Europa, onde empatou em 1 a 1 com o Estoril, na quinta-feira. Será a boa fase contra o desgaste físico.
Placar: Freiburg 0x2 Hamburgo

Borussia Mönchengladbach – Eintracht Frankfurt – Domingo 20.10.2013 – 17:30 (12:30 Brasília)

Dos 13 pontos que estão na conta do Mönchengladbach, 12 ele conquistou em casa. No Borussia Park são 100% de aproveitamento, inclusive um 2 a 0 contra o Borussia Dortmund. Por outro lado o Eintracht Frankfurt não sabe o que é perder desde a quarta rodada e é a terceira melhor equipe fora de casa na Bundesliga. Mas a forma do Frankfurt caiu e nos últimos quatro jogos empatou todos, inclusive contra adversário mais fracos como Freiburg e Nürnberg. A equipe mais coesa é o Mönchengladbach, que mesmo sem poder contar com o xerife da zaga Martin Stranzl, que está suspenso, deve vencer a partida.
Placar: Borussia Mönchengladbach 2×1 Eintracht Frankfurt

Depois do jogo emblemático entre Hoffenheim e Bayer Leverkusen, que abriu a rodada na sexta-feira (18/10) e uma gigantesca discussão sobre a urgência da utilização da tecnologia na linha do gol, a Bundesliga voltou à normalidade. Bayern de Munique goleou o Mainz por 4 a 1 e recuperou a liderança, um ponto a frente do Borussia Dortmund, que derrotou o Hannover por 1 a 0, graças ao gol de pênalti marcado por Marco Reus.

O positivo a ser declarado, do ponto de vista brasileiro, foi o redenção do volante Luiz Gustavo (camisa 22 na foto), que anotou o gol da vitória por 2 a 1 do Wolfsburg contra o Augsburg. Depois de duas expulsões em apenas três partidas, o brasileiro finalmente fez valer o pesado investimento de cerca de 15 milhões de euros feito por ele. Foi a primeira vitória fora de casa do time da Volkswagen na temporada. Inédito também o empate sem gols entre Werder Bremen e Freiburg. Até agora todas as partidas das oito rodadas anteriores haviam tido um gol pelo menos.      

Com apenas nove rodadas disputadas fica já bastante evidente que as três primeiras posições estão reservadas desde já para os finalistas da última Uefa Champions League e o Bayer Leverkusen. Já são sete pontos que separam o terceiro colocado, Leverkusen, do quarto Hertha Berlim. Por outro lado, já são quatro pontos que o penúltimo colocado Freiburg precisa recuperar para sair da zona do rebaixamento. Ao que tudo indica, Freiburg e Eintracht Braunschweig podem ir reservando hotéis em cidades como Karlsruhe, Aue ou Paderborn para a próxima temporada.

A tabela de classificação completa (em alemão).

Os resultados da nona rodada da Bundesliga:

Hoffenheim 1×2 Bayer Leverkusen
Gol Hoffenheim: Sven Schipplock (88′)
Gols Bayer Leverkusen: Sidney Sam (26′) e Stefan Kießling (70′)

Eintracht Frankfurt 1×1 FC Nürnberg
Gol Frankfurt: Vaclav Kadlec (50′)
Gol Nürnberg: Josip Drmic (86′)

Borussia Dortmund 1×0 Hannover 96
Gol Dortmund: Marco Reus (pen. 4′) 

Werder Bremen 0×0 SC Freiburg

Bayern München 4×1 FSV Mainz 05
Gols Bayern: Arjen Robben (50′), Thomas Müller (52′ e pen. 82′) e Mario Mandzukic (69′)
Gol Mainz: Shawn Parker (44′)

Eintracht Braunschweig 2×3 Schalke 04
Gols Braunschweig: Orhan Ademi (20′) e Karim Bellarabi (59′)
Gols Schalke: Max Meyer (29′), Leon Goretzka (65′) e Roman Neustädter (90+1′)

Hertha Berlin 1×0 Borussia Mönchengladbach
Gol Hertha Berlin: Adrian Ramos (36′)

Hamburger SV 3×3 VfB Stuttgart
Gols Hamburgo: Pierre-Michel Lasogga (22′), Maximilian Beister (55′) e Rafael van der Vaart (67′)
Gols Stuttgart: Alexandru Maxim (3′), Christian Gentner (37′) e Johan Djourou (contra 64′)

FC Augsburg 1×2 VfL Wolfsburg
Gol Augsburg: Tobias Werner (10′)
Gols Wolfsburg: Maximilian Arnold (35′) e Luiz Gustavo (42′)

Na partida que abriu a 9ᵃ rodada da Bundesliga, o Bayer Leverkusen venceu o Hoffenheim por 2 a 1 e assumiu, temporariamente, a liderança do campeonato. Tudo normal, se não fosse por um detalhe relativamente importante no futebol: a bola do segundo gol do Leverkusen não entrou. Não que tenha sido uma decisão difícil, com a bola pingando um pouco depois da linha da meta ou que o árbitro Felix Brych estivesse com a visão encoberta. Nada disso! Aos 26 minutos do segundo tempo, o atacante Stefan Kießling cabeceou, após cobrança de escanteio, e a bola passou uma distância considerável à direita da trave do goleiro Koen Casteels do Hoffenheim. A bola só chegaria a tocar na rede já quase na junta entre a lateral e os fundos do gol, onde um furo não havia sido detectado – outro erro que vai também na conta do trio de arbitragem. Com a bola dentro do gol e a falta de reclamação dos jogadores do Hoffenheim, que em sua maioria estavam de costas para o lance, o gol foi validado. Uma cena bizarra, mas não inédita no futebol alemão e que em outras épocas foi motivo para a anulação e a repetição de uma partida.

Após a partida o árbitro Felix Brych explicou o ocorrido: “foi uma situação difícil e eu tinha minhas leves dúvidas, mas a reação dos jogadores foi sintomática. Não havia nenhum sinal de que tinha sido um gol irregular. Por isso, eu dei o gol.”

Autor do gol que não foi, Kießling se mostrou surpreso com a validação: “no primeiro momento eu pensei que a bola não ia entrar, mas daí eu vi ela deitada dentro do gol. Falei para o árbitro que eu estava surpreso, mas que não havia visto direito. Quando eu vejo algo eu sempre ajo com sinceridade. Mas eu não vi o lance, porque eu virei o corpo com o movimento do cabeceio. É uma situação chata para mim. Eu fui bastante xingado pelos torcedores, por mais que eu não tenha culpa”.

Porém, o treinador do Hoffenheim, Markus Gisdol, não quer ouvir pedidos de desculpas. Para ele só há uma única solução para o caso: “nós não estamos no século 5. No final das contas o que deve prevalecer é o fair-play. Eu penso que teremos esta partida novamente. Estou convencido que isto é o que vai acontecer. Qualquer outra coisa seria uma piada. Este jogo não pode ser validado. E tem a precedência do caso Helmer”.

Casos famosos que envolvem a Alemanha

Na Alemanha, um gol que não entrou é chamado de “gol fantasma” e nesta categoria existe um em especial que é legendário. No dia 23 de abril de 1994, o Bayern de Munique recebeu o FC Nürnberg no antigo Estádio Olímpico de Munique. E aos 26 minutos de jogo, o zagueiro Thomas Helmer, após cobrança de escanteio, se enrola com a bola e empurra ela, rente a trave, para fora. O assistente avisa o árbitro, que dá o gol. O Bayern venceu por 2 a 1, mas a partida seria repetida, com nova vitória bávara, desta vez por 5 a 0.

A atitude que Stefan Kießling não teve, um outro atacante do Bayer Leverkusen, na temporada 1980/1981, teve. No confronto contra o atual campeão Bayern de Munique, o norueguês Arne Larsen Ökland anotou todos os três gols na vitória por 3 a 0. E se fosse pelo árbitro Udo Horeis, teria sido 4 a 0. Depois que Horeis havia confirmado o gol, o jogador foi até o árbitro e o informou que a bola havia entrado por fora do gol. Um gesto esportivo, mas raro, e o árbitro estendeu a mão e cumprimentou Ökland, agradecendo-o. Horeis marcou então tiro de meta. A cena, a partir do minuto 3:05, no vídeo abaixo.

Outro “quase-gol” famoso é o de Christian Tiffert. Em janeiro de 2010, o meia do MSV Duisburg arriscou um chute por cima do goleiro do FSV Frankfurt, a bola bateu no travessão e (muito) fora do gol.

A discussão mais famosa sobre se a bola entrou ou não, é certamente o gol de Geoff Hurst, na célebre final entre Inglaterra e Alemanha. Aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, o inglês anotou o terceiro gol e abriu o caminho para o único título mundial da Inglaterra. Foi feito até um trabalho científico para identificar e constatar a legalidade do gol.

Por outro lado, existe a categoria dos gols que não foram dados, mesmo com a bola dentro da meta. O lance recente mais famoso é o da Copa do Mundo de 2010, quando Jorge Larrionda não validou o gol de Frank Lampard no jogo Inglaterra e Alemanha.

Pedido de repetição da partida deve ser negado pela Fifa

Quanto mais vai demorar para que a Fifa e a International Board – órgão que regulamenta as regras do futebol – aceitem, implementem, incorporem e promovam a tecnologia da linha do gol? Ninguém está pedindo para que as partidas sejam interrompidas a cada cinco minutos para analisar cartões, faltas duras ou agressões. Apenas os cinco segundos necessários para que alguém diga no fone de ouvido do árbitro se a bola entrou ou não. Em prol do fair-play e do espírito esportivo, o futebol precisa se adaptar a modernidade e a gigantesca exposição nas mídias. Além do mais, seria uma tremenda ajuda para os árbitros que precisam lidar, praticamente sozinhos, com as críticas e a pressão da sociedade. Não esqueçamos a tentativa de suicídio em novembro de 2011 do árbitro alemão Babak Rafati, que depois afirmou que não estava mais conseguindo lidar com a pressão.

A partida entre Bayer Leverkusen e Hoffenheim, ao que a tendência indica, não será repetida. O Hoffenheim já entrou com protesto na Liga de Futebol da Alemanha (DFL), mas os casos sempre são transferidos para a Fifa, que é reticente e em todos os pedidos de repetição de jogos negou, declarando os resultados de campo como válidos. “Eu acredito que, por mais que ela possa ser às vezes injusta, a decisão factual é um tremendo bem em nosso país”, declarou Andreas Rettig, presidente da DFL. Além disso, há o argumento de que o furo na rede também é responsabilidade – e por tabela culpa –  do clube da casa, no caso o próprio Hoffenheim.

Todo este imbróglio e discussão não seria necessário se, nesta sexta-feira à noite, o árbitro Felix Brych tivesse tido a chance de consultar o sistema de câmeras na Wirsol Rhein-Neckar Arena, em Hoffenheim.

1899 Hoffenheim – Bayer Leverkusen – Sexta-feira 18.10.2013 – 20:30 (15:30 Brasília)

Depois da pausa para as datas Fifa e as partidas da seleção alemã e, consequentemente, a classificação para a Copa do Mundo no Brasil, as atenções se voltam para a 9ᵃ rodada da Bundesliga. E logo no jogo que abre a rodada, o campeonato pode ter um novo líder, nem que seja apenas até o sábado. O Bayer Leverkusen, um ponto atrás do líder Bayern de Munique, viaja até Hoffenheim e com uma vitória dormirá na ponta da tabela. Será a volta do atacante suíço Eren Derdyok, que ficou meses encostado no Hoffenheim, inclusive tendo entrado com uma ação na justiça para pedir condições profissionais de treinamento. Agora há cerca de dois meses em Leverkusen, equipe que Derdyok já defendeu de 2009 até 2012, o atacante espera reencontrar a boa fase. Ao menos neste jogo, estará no banco.
Placar: Hoffenheim 1×2 Bayer Leverkusen 

Borussia Dortmund – Hannover 96– Sábado 19.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Sem poder contar com o zagueiro suspenso Mats Hummels, o Borussia Dortmund recebe a pior equipe da Bundesliga quando atua fora de casa. Em três partidas longe de Hannover, a equipe perdeu todas, sofreu sete gols e marcou nenhum. Mais um sábado tranquilo para o BVB
Placar: Borussia Dortmund 3×0 Hannover 96

Bayern München – FSV Mainz 05– Sábado 19.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Tarde tranquila também para o Bayern de Munique. Os bávaros recebem o Mainz 05, que não vence há cinco partidas na Bundesliga. A única má notícia é que o meia suíço Xherdan Shaqiri voltou contundido dos jogos das Eliminatórias Europeias e deve desfalcar a equipe até pelo menos o mês de dezembro.
Placar: Bayern de Munique 3×0 Mainz 05

Werder Bremen – SC Freiburg – Sábado 19.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

A pausa fez bem ao Werder Bremen. O meia-atacante Eljero Elia recuperou a condição física e o volante Cedrick Makiadi além do zagueiro Assani Lukimya se recuperaram de contusões. Pelo lado do Freiburg, a dúvida está se o atacante Mike Hanke, que quebrou a mão durante um treinamento, vai para o jogo. O Bremen tenta defender uma invencibilidade de três partidas o SC Freiburg ainda busca a sua primeira vitória na temporada.
Placar: Werder Bremen 2×0 Freiburg

Eintracht Braunschweig – Schalke 04 – Sábado 19.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Depois da vitória histórica no derby do Estado Baixa Saxônia (Niedersachsen), o Eintracht Braunschweig recebe o Schalke 04 e ainda não sabe se poderá contar com o zagueiro bósnio Ermin Bicakcic, que voltou dos jogos pela seleção com uma contratura muscular. Problemas de questão médica também pelo lado do Schalke 04. Além do craque do time, Klaas-Jan Huntelaar, o goleiro Timo Hildebrand, o atacante peruano Jefferson Farfán e o meia Kevin-Pricne Boateng, desfalcarão o time neste fim de semana. Sorte que o adversário é o lanterna.
Placar: Eintracht Braunschweig 0×2 Schalke

Eintracht Frankfurt – 1. FC Nürnberg – Sábado 19.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

O Nürnberg vai para Frankfurt comandado pelo técnico interino Roger Prinzen, depois da demissão de Michael Wiesinger – o terceiro treinador que perdeu seu cargo nesta temporada, depois de Bruno Labbadia no Suttgart e Thorsten Fink no Hamburgo. Já o Eintracht deve contar com a volta do meia Alexander Meier, depois de cinco partidas ausente por contusão.
Placar: Eintracht Frankfurt 2×0 Nürnberg

Hertha Berlin – Borussia Mönchengladbach – Sábado 19.10.2013 – 18:30 (13:30 Brasília)

No duelo da noite deste sábado é entre o sexto Hertha e o quarto colocado Mönchengladbach. A equipe treinada por Lucien Favre vem embalada com a vitória por 2 a 0 contra o Borussia Dortmund na última rodada e quer vencer na casa da ex-equipe do próprio Lucien Favre. Quem também conhece bem o Estádio Olímpico de Berlim, é o atacante brasileiro Raffael, que atuou quatro temporadas pela equipe de Berlim. Raffael vai inclusive enfrentar primeira vez o seu irmão, o meia Ronny, que deve ficar no banco de reservas. Melhor para o time do irmão titular
Placar: Hertha Berlim 1×2 Borussia Mönchengladbach

Hamburger SV – VfB Stuttgart – Domingo 20.10.2013 – 15:30 (10:30 Brasília)

Em sua terceira partida como treinador do HSV, Bert van Marwijk, quer manter a sua invencibilidade com uma vitória neste domingo ultrapassar o próprio Stuttgart na tabela de classificação. Depois das boas atuações, o atacante Lasogga ganhou espaço na equipe e segue sendo titular com van Marwijk.
Placar: Hamburgo 2×0 Stuttgart

FC Augsburg – VfL Wolfsburg – Domingo 20.10.2013 – 17:30 (12:30 Brasília)

O treinador do Wolfsburg, Dieter Hecking, deve repetir, por falta de opções, a escalação da derrota humilhante para o Branschweig na última rodada. Durante a semana correram os boates na imprensa alemã que o meia brasileiro Diego está insatisfeito e deve retornar ao Atlético de Madrid na janela de transferências do inverno europeu. Em contrapartida, o Wolfsburg quer preencher a lacuna de Diego com o belga Kevin de Bruyne, que já atuou pelo Werder Bremen e agora está encostado por José Mourinho no Chelsea. Mas antes disso, o Wolfsburg pensa em somar o primeiro ponto fora de casa.
Placar: Augsburg 2×1 Wolfsburg

Em apenas oito minutos, o atacante do Hamburgo, Pierre-Michel Lasogga, marcou três gols e se juntou à uma galeria célebre da história da Bundesliga. Na vitória por 5 a 0 do Hamburgo contra o Nürnberg, o francês balançou as redes aos 14, 18 e 22 minutos do segundo tempo e computou assim o quinto hattrick mais rápido – no menor espaço de tempo – do Campeonato Alemão. De quebra, os três tentos de Lasogga são os mais rápidos, de todos os tempos na Alemanha, a serem anotados como visitante.

Lasogga perde em rapidez somente para estes quatro jogadores:
Michael Tönnies (MSV Duisburg)  
– 11, 12 e 16 minutos (1ᵒ tempo) – 6 a 2 contra o Karlsruhe SC, 27.08.1991
Norbert Dickel (Borussia Dortmund)
– 22, 26 e 28 minutos (2ᵒ tempo) – 4 a 0 contra o Hannover 96, 13.09.1988
Herbert Laumen (Borussia Mönchengladbach) 
– 3, 6 e 9 minutos (1ᵒ tempo) – 5 a 1 contra o Hannover 96, 30.09.1967
Sean Dundee (Karlsruher SC)
– 12, 14 e 19 minutos (2ᵒ tempo) – 4 a 0 contra o St. Pauli, 28.08.1996

Além de Lasogga, balançaram as redes Rafael van der Vaart e Tolgay Arslan. Dois golaços, por sinal. O meia holandês recebeu cruzamento da direita e, no ar, deu uma pedalada com as pernas e acertou um tiro indefensável para o goleiro do Nürnberg, Rafael Schäfer. Goleiro este, que viria a falhar no quinto gol do Hamburgo. Em saída precipitada, Schäfer deu um chutão para o meio do campo e Aslan, de primeira e de cerca de 40 metros da meta, encobriu o goleiro.

É a redenção do Hamburgo que alcançou a segunda vitória na atual temporada – a segunda por goleada. E desde que o treinador Bert van Marwijk assumiu o comando da equipe, foram duas partidas e quatro pontos conquistados. Porém, a temporada promete continuar sendo turbulenta para o Hamburgo.

Novo líder e primeira vitória depois de 28 anos  

Tanto Borussia Dortmund quanto Bayern de Munique tropeçaram na rodada, mas o tropeço dos bávaros teve efeitos colaterais menores. O então líder Borussia Dortmund foi derrotado na antiga casa de Marco Reus, Borussia Mönchengladbach, por 2 a 0, e ficou estagnado nos 19 pontos. Em Leverkusen, o Bayer conseguiu segurar o Bayern, empate em 1 a 1, e embolou de vez a disputa pelas primeiras posições. O Bayer Leverkusen soma agora também 19 pontos e os bávaros, única equipe ainda invicta na temporada, lidera com 20 pontos.

Mas a história mais bonita do final de semana, foi a primeira vitória do Eintracht Braunschweig no retorno à primeira divisão. A última havia sido no dia primeiro de junho de 1985, quando o então lanterna Braunschweig derrotou o Bayer Uerdingen (hoje na quarta divisão) por 2 a 1, fora de casa. Foram longos 10.353 dias de espera. E nada melhor do que quebrar este tabu em um clássico regional do Estado Baixa Saxônia (Niedersachsen). Com gols de Bellarabi e Kumbela, o Braunschweig venceu o Wolfsburg por 2 a 0 na casa do adversário. 

Jogadores do Braunschweig comemoram o gol de Bellarabi (apontando) na vitória contra o Wolfsburg

A tabela de classificação completa (em alemão).

Os resultados da oitava rodada da Bundesliga:

Hannover 1×1 Hertha Berlin
Gol Hannover: Christian Schulz (23′)
Gol Hertha Berlin: Ronny (81′)

VfB Stuttgart 1×1 Werder Bremen
Gol Stuttgart: Harnik (6′)
Gol Werder Bremen: Petersen (37′)

Borussia Mönchengladbach 2×0 Borussia Dortmund
Gols Mönchengladbach: Max Kruse (pen. 82′) e Raffael (86′) 

FSV Mainz 2×2 1899 Hoffenheim
Gols Mainz: Choupo-Moting (82′) e Malli (90+2′)
Gols Hoffenheim: Volland (14′) e Roberto Firmino (22′)

Schalke 4×1 FC Augsburg
Gols Schalke: Kevin-Prince Boateng (16′), Szalai (28′ e 78′) e Max Meyer (86′)
Gol Augsburg: Mölders (10′)

VfL Wolfsburg 0×2 Eintracht Braunschweig
Gols Braunschweig: Bellarabi (31′) e Kumbela (86′)

Bayer Leverkusen 1×1 Bayern München
Gol Leverkusen: Sam (31′)
Gol Bayern de Munique: Toni Kroos (29′)

FC Nürnberg 0×5 Hamburger SV
Gols Hamburgo: van der Vaart (17′), Lasogga (59′, 63′ e 67′) e Arslan (74′)

SC Freiburg 1×1 Eintracht Frankfurt
Gol Freiburg: Christian Günter (contra 64′)
Gol Frankfurt: Höfler (85′)

No começo da temporada era senso comum que com Pep Guardiola no comando e as contratações de Mario Götze e Thiago Alcântara, o Bayern de Munique teria, ao menos na Bundesliga, mais um ano avassalador. E até agora, de fato, a campanha não é ruim. Muito pelo contrário. Tirando a derrota na Supercopa da Alemanha, os bávaros seguem invictos no ano e na Bundesliga somam 19 pontos em sete partidas. O Bayern tem a melhor defesa do campeonato, com apenas dois gols sofridos, e divide a liderança com o Borussia Dortmund. Este sim, está dando show.

Em mais uma apresentação de gala, o Dortmund chacoalhou o penúltimo colocado SC Freiburg por 5 a 0. Com a terceira goleada na temporada, depois dos 4 a 0 no Augsburg e os 6 a 2 no Hamburgo, o Dortmund possue o melhor ataque da competição, com 21 gols: o que dá uma média de três gols por partida. A rotação na escalação pelos lados do Borussia Dortmund está funcionando.

Contra o Freiburg, que segue sem vencer na Bundesliga, Marco Reus e Robert Lewandowski (foto acima) balançaram as redes duas vezes cada. Lewandowski, que teve durante a semana seu nome novamente envolvido em uma suposta transferência para o Bayern de Munique, tratou de calar algumas críticas começaram a surgir e com os dois tentos assumiu a artilharia do campeonato com seis gols, ao lado de Vedad Ibisevic (Stuttgart), Anthony Modeste (Hoffenheim) e Nicolai Müller (Mainz 05). Completou a goleada, Jakub Blaszczykowski.

Fato é, que o campeonato parece já estar reduzido a três concorrentes ao título. O Borussia Dortmund e o Bayern de Munique lideram com 19 pontos, seguidos pelo Bayer Leverkusen com 18. A distância para o quarto colocado, Hannover 96, já é de seis pontos e muito difícil Hannover (4ᵒ), Hertha Berlin (5ᵒ) e Stuttgart (6ᵒ) conseguirem uma regularidade que faça eles serem uma ameaça ao trio da frente.

Na Alemanha já há quem diga que Pep Guardiola, com o futebol meio burocrático, quase minimalista que o Bayern de Munique está apresentando, não será nem campeão alemão, quiçá da Champions League. A temporada é longa e está muito cedo para fazer prognósticos tão arrojados, mas fato é, que o Borussia Dortmund está jogando o melhor futebol na Alemanha.

A tabela de classificação completa (em alemão).        

Marco Reus cobra penalidade máxima no final do primeiro tempo. É o quarto gol do atacante

Os resultados da sétima rodada da Bundesliga:

FC Augsburg 2×2 Borussia Mönchengladbach
Gols Augsburg: Hahn (27′) e Milik (88′)
Gols Mönchengladbach: Max Kruse (33′) e Hrgota (71′)

Hertha Berlin 3×1 FSV Mainz 05
Gols Hertha Berlim: Allagui (48′ e 73′) e Ben-Hatira (74′)
Gol Mainz: Nicolai Müller (8′)

1899 Hoffenheim 3×3 Schalke 04
Gols Hoffenheim: Modeste (16′), Roberto Firmino (pen. 48′) e Abraham (61′) 
Gols Schalke: Kevin-Prince Boateng (3′), Matip (13′) e Höger (40′)

Bayer Leverkusen 2×0 Hannover 96
Gols Leverkusen: Rolfes (23′) e Sam (37′)

Borussia Dortmund 5×0 SC Freiburg
Gols Dortmund: Reus (35′ e pen. 45+2′), Lewandowski (58′ e 70′) e Blaszczykowski (79′)

Bayern München 1×0 VfL Wolfsburg
Gol Bayern de Munique: Thomas Müller (63′)

Eintracht Frankfurt 2×2 Hamburger SV
Gols Frankfurt: Flum (31′) e Russ (54′)
Gols Hamburgo: Lasogga (45+3′) e Jansen (86′)

Werder Bremen 3×3 FC Nürnberg
Gols Bremen: Dabanli (contra 8′), Elia (39′ e 66′)
Gols Nürnberg: Kiyotake (44′), Drmic (53′) e Hlousek (70′)

Eintracht Braunschweig 0×4 VfB Stuttgart
Gols Stuttgart: Ibisevic (40′), Maxim (50′), Traoré (76′) e Harnik (86′)