Alemanha – DoisToques https://blogs.dw.com/doistoques O blog do esporte da DW Brasil Wed, 11 Jun 2014 13:54:12 +0000 pt-BR hourly 1 O conforto da sala no meio do gramado para ver os jogos da Copa do Mundo https://blogs.dw.com/doistoques/2014/06/02/o-conforto-da-sala-no-meio-de-um-campo-de-futebol/ Mon, 02 Jun 2014 14:42:01 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1783 Mit dem Sofa ins Stadion

O Union Berlin, clube da segunda divisão da Bundesliga, resolveu inovar nessa Copa do Mundo. Para acompanhar a transmissão do Mundial em um telão montado no meio do gramado, os torcedores poderão trazer sofás para dar aquele conforto especial durante os jogos. A expectativa é que cerca de 700 sofás sejam colocados no campo da An der Alten Försterei, nome do tradicional estádio no lado leste da capital alemã. Além dos sortudos que poderão ver os jogos dos sofás, outros doze mil torcedores, sentados nas arquibancadas, terão a oportunidade de assistir as partidas em um telão de 700 polegadas.  No primeiro teste, no amistoso deste domingo (01/06) contra Camarões, 34 sofás marcaram presença para ver o não tão animador 2 a 2 da seleção alemã.

O vídeo abaixo foi divulgado pelo Union Berlin e está em alemão:

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Podolski joga jornalista na piscina https://blogs.dw.com/doistoques/2014/05/26/podolski-joga-jornalista-na-piscina/ Mon, 26 May 2014 12:09:39 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1773
A seleção alemã de futebol está se preparando nos Alpes austríacos para a Copa do Mundo. E o clima na concentração está pra lá de descontraído. Depois da coletiva de imprensa diária, o atacante Lukas Podolski não pensou duas vezes e jogou um jornalista na piscina do hotel. O redator chefe da Sportbild, Christian Falk, levou na esportiva e ambos riram da situação. Confira!

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Alemanha põe a seleção mais jovem da história em campo https://blogs.dw.com/doistoques/2014/05/14/alemanha-poe-a-selecao-mais-jovem-da-historia-em-campo/ Wed, 14 May 2014 15:07:10 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1757 Länderspiel Deutschland - Polen

O mísero 0 a 0 da Alemanha contra a seleção polonesa, na noite de terça-feira (13/05), pode ter passado despercebido dos torcedores comuns. Mas o amistoso recheado de jogadores jovens e desconhecidos serviu para o treinador Joachim Löw analisar alguns atletas que faziam parte da lista provisória de 30 atletas para a Copa do Mundo, como também para observar eventuais promessas do futebol alemão. Se faltaram gols, sobraram recordes: três no total.

1 – Julian Draxler (foto), meio-campista do Schalke 04, se tornou o capitão mais jovem de todos os tempos da seleção da Alemanha. Com 20 anos e 235 dias de idade, Draxler quebrou a marca de um tal Christian Schmidt, que em uma partida na Holanda em 1910 capitaneou os alemães com 21 anos e 319 dias de idade.

“É claro que para mim foi algo bem especial poder usar a braçadeira de capitão. Uma grande honra. Mas também sei que hoje atuamos praticamente com uma equipe sub-21. Eu, com os meus dez jogos pela seleção, já me senti um veterano”, declarou Draxler após a partida.

2 – E, de fato, a seleção alemã iniciou a partida com um time que poderia perfeitamente atuar nos Jogos Olímpicos de 2016. A média de idade dos 11 jogadores titulares era de 21,45 anos –a menor de todos os tempos.

3 – Consequentemente, o empate melancólico foi a partida debutante na seleção alemã para nada mais nada menos 12 jogadores:

Titulares

Max Meyer – Schalke 04
Leon Goretzka – Schalke 04
Antonio Rüdiger – VfB Stuttgart
Shkodran Mustafi – Sampdoria (ITA)
Christoph Kramer – Borussia Mönchengladbach
Kevin Volland – Hoffenheim
Sebastian Rudy – Hoffenheim

Substitutos

André Hahn – Augsburg
Sebastian Jung – Eintracht Frankfurt
Maximilian Arnold – Wolfsburg
Christian Günter – Freiburg

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Imprensa espanhola especula Jürgen Klopp e Marco Reus no Barcelona https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/14/imprensa-espanhola-especula-jurgen-klopp-e-marco-reus-no-barcelona/ Mon, 14 Apr 2014 13:32:50 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1711 0,,16771492_101,00

Terceiro colocado no Campeonato Espanhol e eliminado nas quartas de finais da Champions League. Para muitos clubes na Europa, esse resultado espelha o cenário de uma temporada vitoriosa. Mas não para o Barcelona. Depois das derrotas para o Atlético de Madrid, no torneio continental, e para o Granada, no campeonato doméstico, a harmonia entre os torcedores blaugranas e o clube mais vitorioso dos últimos anos acabou. Protestos na frente do Camp Nou, inclusive com insultos racistas contra a contratação mais cara da história do clube – o brasileiro Neymar – demonstram que o clube precisa e vai passar por mudanças.

Os periódicos da Espanha citam que a permanência do treinador argentino Tata Martino para a próxima temporada está praticamente descartada. A eliminação da Champions League e o fato de Martino ainda não ter encontrado uma forma de escalar Lionel Messi e Neymar juntos, arranhou a sua credibilidade com a direção do clube. Ainda segundo a imprensa espanhola, Martino teria rechaçado, por mais que fosse necessário, contratações na última janela de transferências. O alvo dos catalães seria o treinador alemão Jürgen Klopp. O caráter motivador do treinador do Borussia Dortmund, seria o atrativo principal na contratação de Klopp. Outro nome que corre por fora é o de Diego Simeone, atualmente no Atlético de Madrid.

Marc-Andre ter Stegen

Marc-André ter Stegen, atualmente no Borussia Mönchengladbach, deve ser o substituto de Victor Valdés no Barcelona

E se o time não vai bem, aparecem especulações de contratações de novos jogadores. Com a despedida do goleiro Victor Valdés, o jovem alemão do Borussia Mönchengladbach, Marc-André ter Stegen, pode herdar a vaga de número um no Barcelona.

O sistema defensivo, ocupado por jogadores de idade avançada (Puyol), improvisados (Mascherano), machucados (Piqué) ou com rendimento oscilante (Dani Alves), precisa de uma renovação urgente. Exemplo nítido foi a escalação contra o Granada, no último sábado (12/04): nenhum zagueiro de ofício em campo. Os brasileiros Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, e David Luiz, do Chelsea, voltaram a ser especulados.

No meio de campo, Xavi e Iniesta também estão na descendente de suas carreiras e não acompanham mais o exigente futebol que o Barcelona se propõe a jogar. Para isso, um nome teria ganhado força no Barcelona: Marco Reus. Nem a cláusula de 35 milhões de euros, estaria assustando os dirigentes do clube catalão.

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A cláusula de recisão do contrato de Marco Reus com o Dortmund é de 35 milhões de euros

É bastante óbvio que o clube precisa urgentemente de sangue novo em seu elenco. Mas não acredito que o próximo treinador do Barcelona seja um que não saiba falar espanhol. A situação exige conseguir chegar ao máximo nos jogadores, conversar bastante e tentar trabalhar psicologicamente. Além disso, os novos jogadores podem sair mais caros do que deveriam. O mundo do futebol inteiro sabe das definciências do Barcelona e vai exigir um preço acima do de mercado para liberar os jogadores.

Mas antes disso tudo, o Barcelona ainda precisa se livrar da sanção da Fifa, que, por ora, proíbe o clube de fazer qualquer contratação. O que vale agora, é tentar evitar que a atual temporada termine sem títulos (quarta-feira, dia 16, joga a final da Copa del Rey contra o Real Madrid). A última vez que isso aconteceu foi na temporada 2007/2008. Na época, o Barcelona era treinado por Frank Rijkaard, terminou o Campeonato Espanhol na terceira colocação e foi eliminado nas semifinais tanto da Champions League como da Copa del Rey.

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“Chegou a hora de reconhecermos o talento aterrorizante de Robben” https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/10/chegou-a-hora-de-reconhecermos-o-talento-aterrorizante-de-robben/ Thu, 10 Apr 2014 14:37:00 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1673 Schlussjubel Arjen Robben FCB 09 04 2014 München FC Bayern München vs Manchester United FC

Até mesmo quando o Bayern de Munique não conseguia furar a retranca do Manchester United, Arjen Robben era o melhor jogador em campo. Sempre buscando a finalização e distribuindo as jogadas pelo meio, o holandês colheu elogios até da mídia inglesa. De fato, Robben foi decisivo na vitória, de virada, do Bayern de Munique por 3 a 1 contra o Manchester United, na quarta-feira (09/04) – resultado que garantiu o atual campeão nas semifinais da Champions League. Dessa forma, o sonho do bicampeonato inédito da competição continua vivo. Confira algumas das reações de jogadores e da imprensa depois da classificação bávara.

Pep Guardiola, treinador do Bayern de Munique: “Sabia que seria difícil. Isso é a Champions League, são as quartas de final e o Manchester United posicionou o goleiro e mais oito jogadores na própria área. Mas tivemos paciência, além de sorte nas finalizações. Agora estamos nas semifinais e, por isso, estou muito, mas muito orgulhoso com a equipe. Esse é o meu momento mais bonito com o Bayern de Munique”.

Arjen Robben, atacante do Bayern de Munique: “Começamos o segundo tempo muito mal. A Champions League não permite essas falhas. Felizmente conseguimos contragolpear imediatamente. Agora só nos resta um adversário até Lisboa [palco da final]. E é por esses jogos que você joga futebol. E também por esses momentos que você vive e treina”.

Thomas Müller, atacante do Bayern de Munique: “A equipe é mentalmente muito boa. Temos líderes e jogadores com personalidade, que partem para cima. O gol inglês nos irritou, e soubemos reagir bem. Nós já tinhamos antes uma situação parecida com um jogo de handebol [atuando com todos os jogadores em torno da grande área]. É difícil saber qual é o melhor jeito de enfrentar tal situação [o adversário inteiro na defensiva].

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Guardiola teve que reposicionar sua equipe: ideia incial não havia surtido o efeito desejado.

Franz Beckenbauer, “Kaiser”, ex-jogador do Bayern de Munique e da seleção alemã: “A substituição de Götze foi decisiva. Ele não conseguiu se sobressair sobre a defesa robusta dos ingleses. Assim, era lógico que ele fosse substituído. Guardiola, então, organizou melhor o meio-campo e colocou Philipp Lahm na posição central. Com um Götze, um Toni Kroos e um Thomas Müller no meio-campo, é preciso ter bastante imaginação para que funcione”.

David Moyes, treinador do Manchester United: “É um crime cometermos erros de nível escolar. Depois que marcamos o gol, nós precisávamos de uns 5 ou 10 minutos para se reestabilizar. Mas infelizmente eles empataram no ataque seguinte. Quando você ainda é uma criança na escola, falam para não permitir um gol logo em seguida, mas infelizmente foi o que aconteceu. Ainda não possuimos o nível de futebol da Champions League, mas acredito que não estamos longe”.

Michael Carrick, volante do Manchester United: “É uma decepção amarga. Com o primeiro gol, nós nos colocamos em uma ótima posição na partida. Foi um golpe duro termos permitido o empate em apenas 22 segundos. Wayne [Rooney] teve uma grande chance de marcar depois, mas não deu para nós. Infelizmente temos que lidar com isso. Estávamos bem no jogo, porém, o segundo gol nos matou na partida”.

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Momento crucial: Mandzukic (centro) empata o jogo exatos 69 segundos após o gol de Evra (esq.)

Imprensa alemã

Kicker: “Entre o despertar e uma virada emocional em 69 segundos. A chave da vitória foi a rápida resposta de Mandzukic. Arjen Robben resolveu o resto”.

Die Welt: “O sonho do bicampeonato permanece vivo”.

Süddeutsche Zeitung: “Depois da rápida ‘tremida’, veio o brilho: até o momento em que ficou atrás no placar, o Bayern teve grandes problemas com a defesa do United. Mas após o empate, os homens de Guardiola acordaram para o jogo”.

Imprensa inglesa

Daily Mirror: “Bayern 3-1 Manchester: bávaros viram o jogo e partem os corações do United. Belo gol de Patrice Evra despertou a esperança de uma classificação improvável, mas os atuais campeões reagiram em grande estilo e vão às semifinais”.

Daily Mail: “Ele é magro, arrogante e adora mergulhar [na área]… Mas depois de inspirar a vitória do Bayern contra o United, chegou a hora de reconhecermos o talento aterrorizante de Robben”.

Independent: “Manchester United manteve o monstro sob controle por um tempo e, inclusive, abriram o placar com um gol espetacular de Patrice Evra. Porém, quando o real poder do Bayern foi liberado, os ingleses não tiveram resposta”.

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“O Real parecia estar diante do Satanás” https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/09/o-real-parecia-estar-diante-do-satanas-2/ Wed, 09 Apr 2014 14:19:16 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1653 0,,17552313_101,00
O Borussia Dortmund quase conseguiu o milagre da classificação para as semifinais da Champions League ante ao todo-poderoso Real Madrid. O domínio do jogo, o brio e a maneira como a equipe comandada por Jürgen Klopp colocou os madrilenhos contra a parede, na terça-feira (08/04) em Dortmund, foi bastante reconhecida e elogiada pela imprensa alemã e espanhola. Inclusive os jogadores do Dortmund saíram de campo bastante orgulhosos com a apresentação, enaltecendo o prazer de atuar nesta equipe.

Reações:

Jürgen Klopp, treinador do Borussia Dortmund: “Neven Subotic me disse que ele está imensamente orgulhoso por fazer parte desta equipe. Isso já diz tudo. O vídeo deste jogo deve ser guardado para mostrar para todas as equipes que perderem a partida de ida por 3 a 0 que é possível, sim, reverter o placar. Foi impressionante. O nosso jogo foi tão bom, que hoje ninguém levará bronca.”

Mats Hummels, zagueiro do Borussia Dortmund: “Não acredito que os jogadores do Real chegaram a ser tão dominados durante uma partida, em toda a carreira deles, como aconteceu hoje à noite. Essa noite não esqueceremos assim tão fácil. Tivemos a chance de fazer o terceiro gol no segundo tempo. Seria uma das maiores sensações da história do futebol. No final, foi apenas uma noite maravilhosa, com um final triste. E se eu algum dia eu tiver um filho, contarei a ele a história desta noite.”

Kevin Großkreutz, meia do Borussia Dortmund: “Estou bastante orgulhoso com a equipe e mais orgulhoso ainda por fazer parte dela. Depois dessa grande atuação, merecíamos continuar na competição. Com certeza não vai ser fácil dormir esta noite.”

Roman Weidenfeller, goleiro do Borussia Dortmund: “Tentei dar o meu melhor e tive um pouco de sorte [na defesa do pênalti de Di María]. Aquele momento foi o pontapé inicial para um jogo grandioso. E depois das boas chances no segundo tempo, eu pensei: se sai o terceiro gol, acredito que o Real teria sucumbido e nós poderíamos conseguir o placar de 4 a 0.”

Henrikh Mkhitaryan, meia do Borussia Dortmund: “Eu tive no segundo tempo uma chance imperdível. Não sei o que aconteceu comigo, mas eu não fiz o gol.”

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Casemiro (dir.) foi um dos poucos madrilenhos elogiados pela imprensa espanhola

Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid: “Deixamos a eliminatória em aberto. Jogamos lentamente, com muito erros e sem confiança no jogo. Depois do pênalti perdido, um pouco de medo tomou a equipe.”

Sergio Ramos, zagueiro do Real Madrid: “Temos que refletir sobre o que ocorreu no primeiro tempo e melhorar. No intervalo, o treinador pediu para mudarmos a nossa postura. Se não tivessemos mudado, provavelmente não estaria falando agora sobre a classificação para as semifinais.”

Luka Modric, meia do Real Madrid: “Não sei o que aconteceu. Pode ser que estávamos relaxados, porque vencemos a primeira partida por 3 a 0. Pensamos que seria fácil, mas não é! Precisamos aprender e tirar as lições dessa partida. Sempre dizemos que precisamos aprender, mas aparentemente nunca aprendemos.”

Iker Casillas, goleiro do Real Madrid: “Sofremos demais. Os dois gols surgiram de falhas nossas, mas não podemos ficar tão abatidos. Temos que ter força, porque muitas coisas acabam passando pela cabeça. Acredito que a classificação é merecida. Um toque, um sinal de alerta não faz mal de vez em quando. Melhor ter acontecido nesta partida do que mais num jogo mais à frente da competição.”      

Imprensa alemã:

Kicker: “BVB passa perto do milagre. Os dois gols de Reus fizeram o Real tremer.”

Süddeutsche Zeitung: “Mágicos de grandes noites. Grande espírito de luta, enorme disposição – mas chances demais foram desperdiçadas. Borussia Dortmund escolhe o melhor caminho para ser eliminado da Champions League. Com o seu futebol atraente, a equipe de Jürgen Klopp chamou mais uma vez a atenção de todos na Europa.”

Die Welt: “Depois de grande luta, faltou apenas um gol ao Dortmund. Os alemães dominaram e praticamente fizeram o que queriam com o Real Madrid. Mas Henrikh Mkhitaryan desperdiçou várias chances claras. No final, faltou um gol.”

Bild: “Não teve milagre, mas vocês são maravilhosos [usando um trocadilho em alemão]. Foi uma grande noite de futebol.” 

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A tarde chuvosa em Dortmund causou o escorregão de Di María, mas não o de Weidenfeller.

Imprensa espanhola: 

El País: “Dortmund foi o Vietnã. E o Real Madrid sobreviveu pálido e milagrosamente ao jogo terrível, no qual os alemães em campo e nas arquibancadas honraram o futebol. Os jogadores do Real pareciam estar diante do Satanás. Eles tinham todos os fantasmas tradicionais alemães diante de seus olhos.” 

Júlian Ruiz, colunista do El Mundo: “Dortmund parecia os tanques de Hitler, que transpôs a linha defensiva da Polônia. Klopp provou mais uma vez como se joga contra equipes que são tecnicamente superiores. Mas o Real é claramente inferior no sentimento, nas emoções, porque são jogadores multimilionários, mimados e sem o prazer de honrar a camisa. Este é o Real da vergonha e dos milhões.”

Marca: “Um susto que quase acaba em tragédia.”

Marcos López, colunista do Marca: “Dortmund mordeu, roubou as bolas e o branco saiu de seus olhos. Mkhitaryan teve a classificação em seus pés. A imprensa esportiva vai eternizá-lo como o melhor jogador do Real nesta partida. Ele vai relembrar a vida inteira daquela bola na trave.” 

AS: “O erro de Di María acordou os alemães. É uma equipe alemã! Não é dormindo que se conquista a fama. Iker Casillas salvou o Real pela enésima vez. E o Dortmund mostrou semelhanças aos velhos ogros alemães. O medo estava instaurado.”

P.P. San Martín, colunista do AS, elogiu bastante a atuação do volante brasileiro Casemiro: “Casemiro jogou os 18 minutos finais, os mais difíceis da partida. E resultou que o brasileiro deu ordem no meio-campo, mostrou coragem e muito orgulho. Como se fosse um veterano, ele deu a cara, marcou o território quando a equipe alemã crescia na partida e auxiliou Xabi Alonso na marcação.”

El Confidencial: “Mkhitaryan não é Götze, e Jojic não é Gündogan. Isto é logo perceptível. Mas a pressão de Kirch e Jojic bastou para dominar jogadores com grandes nomes e com muito mais dinheiro na conta.” 

El Mundo Deportivo: “Mkhitaryan fez o mais difícil: mandou a bola na trave. Seu erro custou a classificação do Dortmund.”

La Vanguardia: “O Real sabe agora como é sair vivo do inferno. No segundo ano consecutivo, os “camisas brancas” vivenciaram um pesadelo em Dortmund.”

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Jogador amador recebe oferta milionária em seu WhatsApp https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/08/jogador-amador-recebe-oferta-milionaria-em-seu-whatsapp/ Tue, 08 Apr 2014 18:17:11 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1597 Hannover 96 - FC Augsburg
Imagine você atuando em uma liga amadora e, de repente, começar a receber diversas mensagens no celular com ofertas millionárias de clubes profissionais mundo afora. O que você faria? Ignora, responde as mensagens ou tenta fechar um contrato?

Foi o que aconteceu com o Sascha Ernst, jogador de 22 anos do SV Matzenberg – equipe que atua no equivalente à décima divisão do futebol alemão. Ao tabloide alemão Bild, ele contou ter adquirido um novo número de telefone no começo do ano. “Desde o início de março, não paro de receber ligações, SMS e mensagens no WhatsApp de números da Turquia. No começo não entendi do que se tratava. Nem atendia as ligações”, revelou Sascha. A resposta veio quando ele mostrou as mensagens ao seu amigo Christophe Vostal.

“Na verdade o alvo era o atacante do Hannover 96, o senegalês Mame Diouf – aquele mesmo, com passagem pelo Manchester United. Em diversas mensagens, um tal Sukru Kaya alegava que representava os interesses do Trabzonspor, que queria contratar Diouf para a temporada que vem”, explicou Christophe. O agente inclusive chegou a enviar um documento timbrado e assinado pelo presidente do clube turco.

BLog

Sascha Ernst (dir.) e seu amigo Christophe Vostal com as mensagens no WhatsApp

Para os dois amigos de Saarbrücken, era um prato cheio para uma pequena diversão. Eles começaram a responder as mensagens. Papo vem, papo vai e o agente turco apresentou as ofertas milionárias: dois milhões de euros líquidos por temporada. Mais tarde, aumentou para 7,5 milhões de euros para três anos de contrato, além de uma casa, um carro e outros benefícios.

“Posso ir aí amanhã? Você pode confiar em mim. Eu sou o número um da Turquia”, chegou a escrever o agente no WhatsApp de Sascha.

Para o jornal Bild, o agente turco confirmou que foi encarregado pelo Trabzonspor de intermediar a contratação de Diouf.

“Incrível, como são feitas as negociações de jogadores de futebol”, disse Sascha. As ligações e mensagens pararam no celular do boleiro do SV Matzenberg. Provavelmente, o agente turco descobriu o número correto do atacante Diouf.

PS: o contrato do atacante senegalês termina neste verão e clubes por toda a Europa estão de olho. O Trabzonspor também.

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Super Bayern? Nem tanto! https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/07/super-bayern-nem-tanto/ Mon, 07 Apr 2014 19:57:59 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1584 Bayern Munich's Schweinsteiger reacts after their German first division Bundesliga soccer match in Augsburg
Foram impressionantes 53 partidas sem derrota na Bundesliga. Quase duas temporadas completas. Mas a sequência indestrutível do Bayern de Munique encontrou o seu fim em um adversário pouco provável: o também bávaro, porém muito mais modesto, FC Augsburg. O time da capital alemã do teatro de marionetes está apenas em sua terceira temporada na primeira divisão do futebol alemão e já era a grande surpresa na atual edição da Bundesliga. Com o menor orçamento entre os clubes da primeira divisão, o Augsburg ocupa a oitava colocação e briga por uma vaga na próxima Europa League. E o grande feito do clube foi sacramento no último sábado: impediu o título inédito de campeão invicto e a aproximação do Bayern de Munique às grandes campanhas invictas da história do futebol europeu.

É bem verdade que o Bayern de Munique escalou o dito esquadrão B, mas entre os 11 titulares estavam nomes como Daniel van Buyten, Javi Martínez, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Sherdan Shaqiri, Claudio Pizarro e Mario Mandzukic. Bem ou mal, alguns destes jogadores estarão inclusive na Copa do Mundo no Brasil.

Porém o gol do atacante Sascha Mölders, aos 31 minutos do primeiro tempo, foi o único da partida e trouxe de volta ao Bayern de Munique o gostinho de uma derrota no Campeonato Alemão – algo que não acontecia desde o dia 26 de outubro de 2012. Naquela oportunidade, ainda sob o comando de Jupp Heynckes, o Bayern perdeu para o Bayer Leverkusen, por 2 a 1, em plena Allianz Arena. Aquela havia sido a única derrota na campanha repleta de recordes da temporada passada. O recorde de campanha imbátivel, Jupp não alcançou – Pep também (ainda) não.

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Arsenal campeão inglês invicto em 2004. Gilberto Silva e Edu fizeram parte da conquista

São muitos os exemplos de campeões invictos no futebol europeu. Apenas para listar alguns (os times mais famosos):
FC Porto – temporada 2010/2011 – time contava com Radamel Falcao e Hulk e era treinado por André Villas-Boas
Arsenal FC – temporada 2003/2004 – apelidados de “The Invincibles”, em alusão ao Preston North End – o primeiro campeão invicto do futebol mundial em 1889 -, os Gunners tinham um esquedrão com Thierry Henry, Dennis Bergkamp, Patrick Vieria, Sol Campbell, Robert Pirès…
Ajax Amsterdam – temporada 1994/1995 – dirigida por Luis van Gaal a equipe tinha jovens promessas do calibre de Clarence Seedorf, Edwin van der Saar, Frank Rijkaard, os irmãos de Boer, Edgar Davids, Patrick Kluivert…

O Bayern de Munique ficou 53 partidas invencível. Um número impressionante, levando em conta a estatística interna na Alemanha. O recorde anterior pertencia ao Hamburgo, que, entre as temporadas de 1981 e 1982, somou 36 jogos sem derrota. Mas comparado com invencibilidades em outros países europeias, a sequência bávara beira ao inespressivo, ao comum.

Shakthar Donetsk – 2000 até 2002 – 55 jogos
FC Porto – 2010 até 2012 – 55 jogos
Benfica – 1976 até 1978 – 56 jogos 
Skonto FC (Letônia) – 1993 até 1996 – 58 jogos
Olympiacos – 1972 até 1974 – 58 jogos
Milan – 1991 até 1993 – 58 jogos
FC Shirak e FC Pyunik (Armênia) – 1993 até 1995 e 2002 até 2004 – ambos 59 jogos
Union Saint-Gilloise (Bélgica) – 1933 até 1935 – 60 jogos
FC Levadia Tallinn (Estônia) – 2008 até 2009 – 61 jogos
Celtic – 1915 até 1917 – 62 jogos
FC Sheriff (Moldávia) – 2006 até 2008 – 63 jogos

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Antes do início da saga invencível, o Steaua foi campeão da Liga dos Campeões contra o Barcelona

Mas o imbátivel de todos os imbatíveis é o Steaua Bucareste. O clube romeno ficou impressionantes 104 jogos sem ser derrotado, entre agosto de 1986 e setembro de 1989. Neste meio tempo conquistou três campeonatos romenos de futebol consecutivos e invictos (!), duas copas da Romênia e chegou à final da Copa dos Campeões – competição precursora da Champions League.

A campanha invicta do Steaua é tão surreal e mítica, que atraiu suas suspeitas. Na época, a Romênia era comandada pelo ditador Nicolae Ceausescu, e o filho Valentin Ceausescu mantinha laços mais do que extremos com o Steaua Bucareste. Valentin é acusado de influenciar as arbitragens e o desempenho de equipes adversárias. Além disso, alega-se na Romênia que muitos dos jogadores, incluindo o craque Gheorghe Hagi, eram transferidos para o Steaua sem o consenso dos outros clubes e dos próprios jogadores. Após o fim da ditadura, Valentin declarou que ele apenas protegeu o Steaua da influência política do arquirival Dínamo Bucareste – clube favorecido pela temida polícia secreta romena.

E, aí? Alguém sabe de outros campeões invictos no futebol? Milan, Panathinaikos, Internacional….
E de quem é a maior sequência sem derrotas no futebol brasileiro?
Passe a bola para os DoisToques…

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Três treinadores em uma temporada: a estatística está favorável para o HSV https://blogs.dw.com/doistoques/2014/02/17/tres-treinadores-em-uma-temporada-a-estatistica-esta-favoravel-para-o-hsv/ Mon, 17 Feb 2014 18:36:07 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1541 0,,17436660_403,00
Mirko Slomka é o terceiro treinador do Hamburgo nesta temporada. O dinossauro da Bundesliga, apelido do HSV por ser o único clube que nunca foi rebaixado na Alemanha, ocupa atualmente a penúltima colocação na tabela, com apenas 16 pontos ganhos. A campanha é catastrófica. O primeiro treinador foi Thorsten Fink, que resistiu singelos seis jogos no cargo – uma pelo DFB Pokal e cinco pela Bundesliga – e deixou o Hamburgo na 15ᵃ colocação na liga.
Seguiu o holandês Bert van Marwijk: o treinador que havia levado a seleção da Holanda à conquista do vice-campeonato mundial em 2010. E com apenas quatro vitórias em 17 partidas – e depois de oito derrotas consecutivas – a direção do clube perdeu a paciência e o demitiu. Van Marwijk não só deixou o Hamburgo na penúltima posição, como aliviou os cofres do clube em três milhões de euros, valor que o holandês vai levar pela quebra de contrato.
O nome da salvação é Mirko Slomka, que tem a árdua missão de reerguer o Hamburgo nas 13 partidas restantes. A direção do HSV parece estar se apoiando em dados históricos e estatísticas. De 2000 para cá, 15 clubes demitiram dois treinadores na mesma temporadas, porém no final do campeonato, apenas quatro foram rebaixados.

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Thorsten Fink: fim de linha na 5ᵃ rodada depois da derrota por 6 a 2 contra o Borussia Dortmund

Temporada 2012/2013
TSG Hoffenheim: Markus Babbel, Marco Kurz e Markus Gisdol
Alcança a relegação na última rodada. Em com duas vitórias  contra o Kaiserslautern permanece na primeira divisão.

Temporada 2011/2012
Hertha Berlin: Markus Babbel, Michael Skibbe e Otto Rehhagel
É rebaixado na relegação em confronto com o Fortuna Düsseldorf.

Temporada 2010/2011
1. FC Köln: Zvonimir Soldo, Frank Schäfer e Volker Finke
O Clube de Colônia consegue se safar do rebaixamento.

Temporada 2010/2011
VfL Wolfsburg: Steve McClaren, Pierre Littbarski e Felix Magath
O clube consegue evitar o rebaixamento na última rodada.

Temporada 2010/2011
VfB Stuttgart: Christian Gross, Jens Keller e Bruno Labbadia
Labbadia consegue levar o Stuttgart até a 12ᵃ colocação.

Temporada 2009/2010
VfL Bochum: Marcel Koller, Heiko Herrlich e Dariusz Wosz
De nada ajudou trazer a lenda do clube. Com apenas duas partidas faltando Wosz não conseguiu evitar o rebaixamento.

Temporada 2009/2010
Hannover 96: Dieter Hecking, Andreas Bergmann e Mirko Slomka
Slomka chega na 19ᵃ rodada, perde as seis primeiras partidas com Hannover, mas consegue a salvação na última rodada.

Temporada 2006/2007
Arminia Bielefeld: Thomas vom Heesen, Frank Geideck  e Ernst Middendorp
Com nove partidas para o término da liga, Middendorp leva Bielefeld da 17ᵃ para a 12ᵃ colocação.

Temporada 2005/2006
MSV Duisburg: Norbert Meier, Jürgen Kohler e Heiko Scholz
Scholz assume com seis partidas faltando e não consegue evitar o rebaixamento.

Temporada 2005/2006
Bayer Leverkusen: Klaus Augenthaler, Rudi Völler e Michael Skibbe
Skibbe assumiu já na nona rodada e classificou a equipe para a Europa League.

Temporada 2004/2005
Borussia Mönchengladbach: Holger Fach, Dick Advocaat e Horst Köppel
A cinco rodadas do fim, Köppel mantém o Mönchengladbach na primeira divisão.

Temporada 2002/2003
Bayer Leverkusen: Klaus Toppmöller, Thomas Hörster e Klaus Augenthaler
O campeão do mundo de 1990 assume faltando duas partidas e salva o clube do rebaixamento.

Temporada 2000/2001
Eintracht Frankfurt: Felix Magath, Rolf Dohmen e Friedel Rausch
De nada adiantou. Frankfurt termina na penúltima posição e é rebaixado.

Temporada 2000/2001
Bayer Leverkusen: Christoph Daum, Rudi Völler e Berti Vogts
O escândalo por uso de cocaína derrubou Daum e no final das contas Berti Vogts classificou o clube para a Copa da UEFA.

Temporada 1999/2000
Borussia Dortmund: Michael Skibbe, Bernd Krauss e a dupla Matthias Sammer e Udo Lattek
A dupla Sammer e Lattek assume na 29ᵃ rodada e leva o BVB até a 11ᵃ colocação.

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Bert van Marwijk: oito derrotas seguidas e a penúltima colocação extrapolaram no HSV

Além da curiosidade de que o Bayer Leverkusen está representado três vezes nesta lista e de que grandes nome do futebol alemão, como Rudi Völler, Klaus Augenthaler, Felix Magath e Otto Rehhagel, estão entre as vítimas da dança das cadeiras, um nome em particular chama a atenção. Exatamente de Mirko Slomka, treinador que salvou o Hannover 96 do rebaixamento em 2010 e esteve por lá até o final de 2013. Neste meio tempo levou o Hannover para duas participações na Europa League. Teve um trabalho sólido, sempre colocando o primo pobre do norte da Alemanha na parte de cima da tabela de classificação.

Aos 46 anos de idade, Slomka treinou ainda o Schalke 04, onde disputou jogos da UEFA Champions League, mas não possui um troféu sequer em sua estante. O treinador recebeu um contrato até metade de 2016, incluindo uma cláusula para a segunda divisão: onde o HSV nunca foi e não pretende ir – onde Slomka poderia comemorar o seu primeiro título, retornando com o dinossauro à Bundesliga.

O trabalho será duro e começa contra o atual vice-campeão europeu, Borussia Dortmund, no próximo sábado. Minha opinião: o Hamburgo consegue evitar o rebaixamento.

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Ribéry é absolvido em escândalo sexual https://blogs.dw.com/doistoques/2014/01/30/ribery-e-absolvido-de-escandalo-sexual/ Thu, 30 Jan 2014 14:39:02 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1509 0,,15889102_101,00
O jogador francês Franck Ribéry, do Bayern de Munique, foi absolvido da acusação de ter pago pela relação sexual com uma menor de idade. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (30/01) em Paris. Em 2009, o craque havia sido acusado de ter pago 700 euros à ex-prostituta Zahia Dehar em troca de sexo em um hotel em Munique. Naquela época, Zahia tinha apenas 17 anos de idade.

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Zahia Dehar aprensentou sua coleção na Fashion Week de Paris em 2012

Em sua defesa, Ribéry alegou que não sabia a idade da garota e negou ter tido sexo em troca de pagamento. A absolvição era tida como certa, já que a própria Zahia havia admitido em seu depoimento que o jogador não tinha conhecimento de sua idade.

Além de Ribéry, o colega de seleção Karim Benzema também foi absolvido da mesma acusação. Em 2008, o atacante do Real Madrid teria pago 500 euros por uma noite com Zahia. Ao contrário de Ribéry, Benzema afirma nunca ter se encontrado com a ex-prostituta.

No julgamento, mesmo sendo a principal testemunha e interessada no caso, Zahia nem apareceu. E nem precisava: o affair dela com os jogadores franceses já obteve os rendimentos desejados. Hoje Zahia Dehar é modelo e designer de moda, criou uma linha de lingeries e um perfume que leva o próprio nome. As peças foram apresentadas inclusive na Fashion Week de Paris de 2012 e atendem o mercado de luxo, chegando a custar até 500 euros.

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