Futebol Europeu – DoisToques https://blogs.dw.com/doistoques O blog do esporte da DW Brasil Wed, 11 Jun 2014 13:54:12 +0000 pt-BR hourly 1 Alemanha põe a seleção mais jovem da história em campo https://blogs.dw.com/doistoques/2014/05/14/alemanha-poe-a-selecao-mais-jovem-da-historia-em-campo/ Wed, 14 May 2014 15:07:10 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1757 Länderspiel Deutschland - Polen

O mísero 0 a 0 da Alemanha contra a seleção polonesa, na noite de terça-feira (13/05), pode ter passado despercebido dos torcedores comuns. Mas o amistoso recheado de jogadores jovens e desconhecidos serviu para o treinador Joachim Löw analisar alguns atletas que faziam parte da lista provisória de 30 atletas para a Copa do Mundo, como também para observar eventuais promessas do futebol alemão. Se faltaram gols, sobraram recordes: três no total.

1 – Julian Draxler (foto), meio-campista do Schalke 04, se tornou o capitão mais jovem de todos os tempos da seleção da Alemanha. Com 20 anos e 235 dias de idade, Draxler quebrou a marca de um tal Christian Schmidt, que em uma partida na Holanda em 1910 capitaneou os alemães com 21 anos e 319 dias de idade.

“É claro que para mim foi algo bem especial poder usar a braçadeira de capitão. Uma grande honra. Mas também sei que hoje atuamos praticamente com uma equipe sub-21. Eu, com os meus dez jogos pela seleção, já me senti um veterano”, declarou Draxler após a partida.

2 – E, de fato, a seleção alemã iniciou a partida com um time que poderia perfeitamente atuar nos Jogos Olímpicos de 2016. A média de idade dos 11 jogadores titulares era de 21,45 anos –a menor de todos os tempos.

3 – Consequentemente, o empate melancólico foi a partida debutante na seleção alemã para nada mais nada menos 12 jogadores:

Titulares

Max Meyer – Schalke 04
Leon Goretzka – Schalke 04
Antonio Rüdiger – VfB Stuttgart
Shkodran Mustafi – Sampdoria (ITA)
Christoph Kramer – Borussia Mönchengladbach
Kevin Volland – Hoffenheim
Sebastian Rudy – Hoffenheim

Substitutos

André Hahn – Augsburg
Sebastian Jung – Eintracht Frankfurt
Maximilian Arnold – Wolfsburg
Christian Günter – Freiburg

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Imprensa espanhola especula Jürgen Klopp e Marco Reus no Barcelona https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/14/imprensa-espanhola-especula-jurgen-klopp-e-marco-reus-no-barcelona/ Mon, 14 Apr 2014 13:32:50 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1711 0,,16771492_101,00

Terceiro colocado no Campeonato Espanhol e eliminado nas quartas de finais da Champions League. Para muitos clubes na Europa, esse resultado espelha o cenário de uma temporada vitoriosa. Mas não para o Barcelona. Depois das derrotas para o Atlético de Madrid, no torneio continental, e para o Granada, no campeonato doméstico, a harmonia entre os torcedores blaugranas e o clube mais vitorioso dos últimos anos acabou. Protestos na frente do Camp Nou, inclusive com insultos racistas contra a contratação mais cara da história do clube – o brasileiro Neymar – demonstram que o clube precisa e vai passar por mudanças.

Os periódicos da Espanha citam que a permanência do treinador argentino Tata Martino para a próxima temporada está praticamente descartada. A eliminação da Champions League e o fato de Martino ainda não ter encontrado uma forma de escalar Lionel Messi e Neymar juntos, arranhou a sua credibilidade com a direção do clube. Ainda segundo a imprensa espanhola, Martino teria rechaçado, por mais que fosse necessário, contratações na última janela de transferências. O alvo dos catalães seria o treinador alemão Jürgen Klopp. O caráter motivador do treinador do Borussia Dortmund, seria o atrativo principal na contratação de Klopp. Outro nome que corre por fora é o de Diego Simeone, atualmente no Atlético de Madrid.

Marc-Andre ter Stegen

Marc-André ter Stegen, atualmente no Borussia Mönchengladbach, deve ser o substituto de Victor Valdés no Barcelona

E se o time não vai bem, aparecem especulações de contratações de novos jogadores. Com a despedida do goleiro Victor Valdés, o jovem alemão do Borussia Mönchengladbach, Marc-André ter Stegen, pode herdar a vaga de número um no Barcelona.

O sistema defensivo, ocupado por jogadores de idade avançada (Puyol), improvisados (Mascherano), machucados (Piqué) ou com rendimento oscilante (Dani Alves), precisa de uma renovação urgente. Exemplo nítido foi a escalação contra o Granada, no último sábado (12/04): nenhum zagueiro de ofício em campo. Os brasileiros Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, e David Luiz, do Chelsea, voltaram a ser especulados.

No meio de campo, Xavi e Iniesta também estão na descendente de suas carreiras e não acompanham mais o exigente futebol que o Barcelona se propõe a jogar. Para isso, um nome teria ganhado força no Barcelona: Marco Reus. Nem a cláusula de 35 milhões de euros, estaria assustando os dirigentes do clube catalão.

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A cláusula de recisão do contrato de Marco Reus com o Dortmund é de 35 milhões de euros

É bastante óbvio que o clube precisa urgentemente de sangue novo em seu elenco. Mas não acredito que o próximo treinador do Barcelona seja um que não saiba falar espanhol. A situação exige conseguir chegar ao máximo nos jogadores, conversar bastante e tentar trabalhar psicologicamente. Além disso, os novos jogadores podem sair mais caros do que deveriam. O mundo do futebol inteiro sabe das definciências do Barcelona e vai exigir um preço acima do de mercado para liberar os jogadores.

Mas antes disso tudo, o Barcelona ainda precisa se livrar da sanção da Fifa, que, por ora, proíbe o clube de fazer qualquer contratação. O que vale agora, é tentar evitar que a atual temporada termine sem títulos (quarta-feira, dia 16, joga a final da Copa del Rey contra o Real Madrid). A última vez que isso aconteceu foi na temporada 2007/2008. Na época, o Barcelona era treinado por Frank Rijkaard, terminou o Campeonato Espanhol na terceira colocação e foi eliminado nas semifinais tanto da Champions League como da Copa del Rey.

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“Chegou a hora de reconhecermos o talento aterrorizante de Robben” https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/10/chegou-a-hora-de-reconhecermos-o-talento-aterrorizante-de-robben/ Thu, 10 Apr 2014 14:37:00 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1673 Schlussjubel Arjen Robben FCB 09 04 2014 München FC Bayern München vs Manchester United FC

Até mesmo quando o Bayern de Munique não conseguia furar a retranca do Manchester United, Arjen Robben era o melhor jogador em campo. Sempre buscando a finalização e distribuindo as jogadas pelo meio, o holandês colheu elogios até da mídia inglesa. De fato, Robben foi decisivo na vitória, de virada, do Bayern de Munique por 3 a 1 contra o Manchester United, na quarta-feira (09/04) – resultado que garantiu o atual campeão nas semifinais da Champions League. Dessa forma, o sonho do bicampeonato inédito da competição continua vivo. Confira algumas das reações de jogadores e da imprensa depois da classificação bávara.

Pep Guardiola, treinador do Bayern de Munique: “Sabia que seria difícil. Isso é a Champions League, são as quartas de final e o Manchester United posicionou o goleiro e mais oito jogadores na própria área. Mas tivemos paciência, além de sorte nas finalizações. Agora estamos nas semifinais e, por isso, estou muito, mas muito orgulhoso com a equipe. Esse é o meu momento mais bonito com o Bayern de Munique”.

Arjen Robben, atacante do Bayern de Munique: “Começamos o segundo tempo muito mal. A Champions League não permite essas falhas. Felizmente conseguimos contragolpear imediatamente. Agora só nos resta um adversário até Lisboa [palco da final]. E é por esses jogos que você joga futebol. E também por esses momentos que você vive e treina”.

Thomas Müller, atacante do Bayern de Munique: “A equipe é mentalmente muito boa. Temos líderes e jogadores com personalidade, que partem para cima. O gol inglês nos irritou, e soubemos reagir bem. Nós já tinhamos antes uma situação parecida com um jogo de handebol [atuando com todos os jogadores em torno da grande área]. É difícil saber qual é o melhor jeito de enfrentar tal situação [o adversário inteiro na defensiva].

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Guardiola teve que reposicionar sua equipe: ideia incial não havia surtido o efeito desejado.

Franz Beckenbauer, “Kaiser”, ex-jogador do Bayern de Munique e da seleção alemã: “A substituição de Götze foi decisiva. Ele não conseguiu se sobressair sobre a defesa robusta dos ingleses. Assim, era lógico que ele fosse substituído. Guardiola, então, organizou melhor o meio-campo e colocou Philipp Lahm na posição central. Com um Götze, um Toni Kroos e um Thomas Müller no meio-campo, é preciso ter bastante imaginação para que funcione”.

David Moyes, treinador do Manchester United: “É um crime cometermos erros de nível escolar. Depois que marcamos o gol, nós precisávamos de uns 5 ou 10 minutos para se reestabilizar. Mas infelizmente eles empataram no ataque seguinte. Quando você ainda é uma criança na escola, falam para não permitir um gol logo em seguida, mas infelizmente foi o que aconteceu. Ainda não possuimos o nível de futebol da Champions League, mas acredito que não estamos longe”.

Michael Carrick, volante do Manchester United: “É uma decepção amarga. Com o primeiro gol, nós nos colocamos em uma ótima posição na partida. Foi um golpe duro termos permitido o empate em apenas 22 segundos. Wayne [Rooney] teve uma grande chance de marcar depois, mas não deu para nós. Infelizmente temos que lidar com isso. Estávamos bem no jogo, porém, o segundo gol nos matou na partida”.

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Momento crucial: Mandzukic (centro) empata o jogo exatos 69 segundos após o gol de Evra (esq.)

Imprensa alemã

Kicker: “Entre o despertar e uma virada emocional em 69 segundos. A chave da vitória foi a rápida resposta de Mandzukic. Arjen Robben resolveu o resto”.

Die Welt: “O sonho do bicampeonato permanece vivo”.

Süddeutsche Zeitung: “Depois da rápida ‘tremida’, veio o brilho: até o momento em que ficou atrás no placar, o Bayern teve grandes problemas com a defesa do United. Mas após o empate, os homens de Guardiola acordaram para o jogo”.

Imprensa inglesa

Daily Mirror: “Bayern 3-1 Manchester: bávaros viram o jogo e partem os corações do United. Belo gol de Patrice Evra despertou a esperança de uma classificação improvável, mas os atuais campeões reagiram em grande estilo e vão às semifinais”.

Daily Mail: “Ele é magro, arrogante e adora mergulhar [na área]… Mas depois de inspirar a vitória do Bayern contra o United, chegou a hora de reconhecermos o talento aterrorizante de Robben”.

Independent: “Manchester United manteve o monstro sob controle por um tempo e, inclusive, abriram o placar com um gol espetacular de Patrice Evra. Porém, quando o real poder do Bayern foi liberado, os ingleses não tiveram resposta”.

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“O Real parecia estar diante do Satanás” https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/09/o-real-parecia-estar-diante-do-satanas-2/ Wed, 09 Apr 2014 14:19:16 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1653 0,,17552313_101,00
O Borussia Dortmund quase conseguiu o milagre da classificação para as semifinais da Champions League ante ao todo-poderoso Real Madrid. O domínio do jogo, o brio e a maneira como a equipe comandada por Jürgen Klopp colocou os madrilenhos contra a parede, na terça-feira (08/04) em Dortmund, foi bastante reconhecida e elogiada pela imprensa alemã e espanhola. Inclusive os jogadores do Dortmund saíram de campo bastante orgulhosos com a apresentação, enaltecendo o prazer de atuar nesta equipe.

Reações:

Jürgen Klopp, treinador do Borussia Dortmund: “Neven Subotic me disse que ele está imensamente orgulhoso por fazer parte desta equipe. Isso já diz tudo. O vídeo deste jogo deve ser guardado para mostrar para todas as equipes que perderem a partida de ida por 3 a 0 que é possível, sim, reverter o placar. Foi impressionante. O nosso jogo foi tão bom, que hoje ninguém levará bronca.”

Mats Hummels, zagueiro do Borussia Dortmund: “Não acredito que os jogadores do Real chegaram a ser tão dominados durante uma partida, em toda a carreira deles, como aconteceu hoje à noite. Essa noite não esqueceremos assim tão fácil. Tivemos a chance de fazer o terceiro gol no segundo tempo. Seria uma das maiores sensações da história do futebol. No final, foi apenas uma noite maravilhosa, com um final triste. E se eu algum dia eu tiver um filho, contarei a ele a história desta noite.”

Kevin Großkreutz, meia do Borussia Dortmund: “Estou bastante orgulhoso com a equipe e mais orgulhoso ainda por fazer parte dela. Depois dessa grande atuação, merecíamos continuar na competição. Com certeza não vai ser fácil dormir esta noite.”

Roman Weidenfeller, goleiro do Borussia Dortmund: “Tentei dar o meu melhor e tive um pouco de sorte [na defesa do pênalti de Di María]. Aquele momento foi o pontapé inicial para um jogo grandioso. E depois das boas chances no segundo tempo, eu pensei: se sai o terceiro gol, acredito que o Real teria sucumbido e nós poderíamos conseguir o placar de 4 a 0.”

Henrikh Mkhitaryan, meia do Borussia Dortmund: “Eu tive no segundo tempo uma chance imperdível. Não sei o que aconteceu comigo, mas eu não fiz o gol.”

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Casemiro (dir.) foi um dos poucos madrilenhos elogiados pela imprensa espanhola

Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid: “Deixamos a eliminatória em aberto. Jogamos lentamente, com muito erros e sem confiança no jogo. Depois do pênalti perdido, um pouco de medo tomou a equipe.”

Sergio Ramos, zagueiro do Real Madrid: “Temos que refletir sobre o que ocorreu no primeiro tempo e melhorar. No intervalo, o treinador pediu para mudarmos a nossa postura. Se não tivessemos mudado, provavelmente não estaria falando agora sobre a classificação para as semifinais.”

Luka Modric, meia do Real Madrid: “Não sei o que aconteceu. Pode ser que estávamos relaxados, porque vencemos a primeira partida por 3 a 0. Pensamos que seria fácil, mas não é! Precisamos aprender e tirar as lições dessa partida. Sempre dizemos que precisamos aprender, mas aparentemente nunca aprendemos.”

Iker Casillas, goleiro do Real Madrid: “Sofremos demais. Os dois gols surgiram de falhas nossas, mas não podemos ficar tão abatidos. Temos que ter força, porque muitas coisas acabam passando pela cabeça. Acredito que a classificação é merecida. Um toque, um sinal de alerta não faz mal de vez em quando. Melhor ter acontecido nesta partida do que mais num jogo mais à frente da competição.”      

Imprensa alemã:

Kicker: “BVB passa perto do milagre. Os dois gols de Reus fizeram o Real tremer.”

Süddeutsche Zeitung: “Mágicos de grandes noites. Grande espírito de luta, enorme disposição – mas chances demais foram desperdiçadas. Borussia Dortmund escolhe o melhor caminho para ser eliminado da Champions League. Com o seu futebol atraente, a equipe de Jürgen Klopp chamou mais uma vez a atenção de todos na Europa.”

Die Welt: “Depois de grande luta, faltou apenas um gol ao Dortmund. Os alemães dominaram e praticamente fizeram o que queriam com o Real Madrid. Mas Henrikh Mkhitaryan desperdiçou várias chances claras. No final, faltou um gol.”

Bild: “Não teve milagre, mas vocês são maravilhosos [usando um trocadilho em alemão]. Foi uma grande noite de futebol.” 

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A tarde chuvosa em Dortmund causou o escorregão de Di María, mas não o de Weidenfeller.

Imprensa espanhola: 

El País: “Dortmund foi o Vietnã. E o Real Madrid sobreviveu pálido e milagrosamente ao jogo terrível, no qual os alemães em campo e nas arquibancadas honraram o futebol. Os jogadores do Real pareciam estar diante do Satanás. Eles tinham todos os fantasmas tradicionais alemães diante de seus olhos.” 

Júlian Ruiz, colunista do El Mundo: “Dortmund parecia os tanques de Hitler, que transpôs a linha defensiva da Polônia. Klopp provou mais uma vez como se joga contra equipes que são tecnicamente superiores. Mas o Real é claramente inferior no sentimento, nas emoções, porque são jogadores multimilionários, mimados e sem o prazer de honrar a camisa. Este é o Real da vergonha e dos milhões.”

Marca: “Um susto que quase acaba em tragédia.”

Marcos López, colunista do Marca: “Dortmund mordeu, roubou as bolas e o branco saiu de seus olhos. Mkhitaryan teve a classificação em seus pés. A imprensa esportiva vai eternizá-lo como o melhor jogador do Real nesta partida. Ele vai relembrar a vida inteira daquela bola na trave.” 

AS: “O erro de Di María acordou os alemães. É uma equipe alemã! Não é dormindo que se conquista a fama. Iker Casillas salvou o Real pela enésima vez. E o Dortmund mostrou semelhanças aos velhos ogros alemães. O medo estava instaurado.”

P.P. San Martín, colunista do AS, elogiu bastante a atuação do volante brasileiro Casemiro: “Casemiro jogou os 18 minutos finais, os mais difíceis da partida. E resultou que o brasileiro deu ordem no meio-campo, mostrou coragem e muito orgulho. Como se fosse um veterano, ele deu a cara, marcou o território quando a equipe alemã crescia na partida e auxiliou Xabi Alonso na marcação.”

El Confidencial: “Mkhitaryan não é Götze, e Jojic não é Gündogan. Isto é logo perceptível. Mas a pressão de Kirch e Jojic bastou para dominar jogadores com grandes nomes e com muito mais dinheiro na conta.” 

El Mundo Deportivo: “Mkhitaryan fez o mais difícil: mandou a bola na trave. Seu erro custou a classificação do Dortmund.”

La Vanguardia: “O Real sabe agora como é sair vivo do inferno. No segundo ano consecutivo, os “camisas brancas” vivenciaram um pesadelo em Dortmund.”

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Super Bayern? Nem tanto! https://blogs.dw.com/doistoques/2014/04/07/super-bayern-nem-tanto/ Mon, 07 Apr 2014 19:57:59 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1584 Bayern Munich's Schweinsteiger reacts after their German first division Bundesliga soccer match in Augsburg
Foram impressionantes 53 partidas sem derrota na Bundesliga. Quase duas temporadas completas. Mas a sequência indestrutível do Bayern de Munique encontrou o seu fim em um adversário pouco provável: o também bávaro, porém muito mais modesto, FC Augsburg. O time da capital alemã do teatro de marionetes está apenas em sua terceira temporada na primeira divisão do futebol alemão e já era a grande surpresa na atual edição da Bundesliga. Com o menor orçamento entre os clubes da primeira divisão, o Augsburg ocupa a oitava colocação e briga por uma vaga na próxima Europa League. E o grande feito do clube foi sacramento no último sábado: impediu o título inédito de campeão invicto e a aproximação do Bayern de Munique às grandes campanhas invictas da história do futebol europeu.

É bem verdade que o Bayern de Munique escalou o dito esquadrão B, mas entre os 11 titulares estavam nomes como Daniel van Buyten, Javi Martínez, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Sherdan Shaqiri, Claudio Pizarro e Mario Mandzukic. Bem ou mal, alguns destes jogadores estarão inclusive na Copa do Mundo no Brasil.

Porém o gol do atacante Sascha Mölders, aos 31 minutos do primeiro tempo, foi o único da partida e trouxe de volta ao Bayern de Munique o gostinho de uma derrota no Campeonato Alemão – algo que não acontecia desde o dia 26 de outubro de 2012. Naquela oportunidade, ainda sob o comando de Jupp Heynckes, o Bayern perdeu para o Bayer Leverkusen, por 2 a 1, em plena Allianz Arena. Aquela havia sido a única derrota na campanha repleta de recordes da temporada passada. O recorde de campanha imbátivel, Jupp não alcançou – Pep também (ainda) não.

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Arsenal campeão inglês invicto em 2004. Gilberto Silva e Edu fizeram parte da conquista

São muitos os exemplos de campeões invictos no futebol europeu. Apenas para listar alguns (os times mais famosos):
FC Porto – temporada 2010/2011 – time contava com Radamel Falcao e Hulk e era treinado por André Villas-Boas
Arsenal FC – temporada 2003/2004 – apelidados de “The Invincibles”, em alusão ao Preston North End – o primeiro campeão invicto do futebol mundial em 1889 -, os Gunners tinham um esquedrão com Thierry Henry, Dennis Bergkamp, Patrick Vieria, Sol Campbell, Robert Pirès…
Ajax Amsterdam – temporada 1994/1995 – dirigida por Luis van Gaal a equipe tinha jovens promessas do calibre de Clarence Seedorf, Edwin van der Saar, Frank Rijkaard, os irmãos de Boer, Edgar Davids, Patrick Kluivert…

O Bayern de Munique ficou 53 partidas invencível. Um número impressionante, levando em conta a estatística interna na Alemanha. O recorde anterior pertencia ao Hamburgo, que, entre as temporadas de 1981 e 1982, somou 36 jogos sem derrota. Mas comparado com invencibilidades em outros países europeias, a sequência bávara beira ao inespressivo, ao comum.

Shakthar Donetsk – 2000 até 2002 – 55 jogos
FC Porto – 2010 até 2012 – 55 jogos
Benfica – 1976 até 1978 – 56 jogos 
Skonto FC (Letônia) – 1993 até 1996 – 58 jogos
Olympiacos – 1972 até 1974 – 58 jogos
Milan – 1991 até 1993 – 58 jogos
FC Shirak e FC Pyunik (Armênia) – 1993 até 1995 e 2002 até 2004 – ambos 59 jogos
Union Saint-Gilloise (Bélgica) – 1933 até 1935 – 60 jogos
FC Levadia Tallinn (Estônia) – 2008 até 2009 – 61 jogos
Celtic – 1915 até 1917 – 62 jogos
FC Sheriff (Moldávia) – 2006 até 2008 – 63 jogos

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Antes do início da saga invencível, o Steaua foi campeão da Liga dos Campeões contra o Barcelona

Mas o imbátivel de todos os imbatíveis é o Steaua Bucareste. O clube romeno ficou impressionantes 104 jogos sem ser derrotado, entre agosto de 1986 e setembro de 1989. Neste meio tempo conquistou três campeonatos romenos de futebol consecutivos e invictos (!), duas copas da Romênia e chegou à final da Copa dos Campeões – competição precursora da Champions League.

A campanha invicta do Steaua é tão surreal e mítica, que atraiu suas suspeitas. Na época, a Romênia era comandada pelo ditador Nicolae Ceausescu, e o filho Valentin Ceausescu mantinha laços mais do que extremos com o Steaua Bucareste. Valentin é acusado de influenciar as arbitragens e o desempenho de equipes adversárias. Além disso, alega-se na Romênia que muitos dos jogadores, incluindo o craque Gheorghe Hagi, eram transferidos para o Steaua sem o consenso dos outros clubes e dos próprios jogadores. Após o fim da ditadura, Valentin declarou que ele apenas protegeu o Steaua da influência política do arquirival Dínamo Bucareste – clube favorecido pela temida polícia secreta romena.

E, aí? Alguém sabe de outros campeões invictos no futebol? Milan, Panathinaikos, Internacional….
E de quem é a maior sequência sem derrotas no futebol brasileiro?
Passe a bola para os DoisToques…

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Promoção no BVB: troque o “Judas” Götze por Mkhitaryan em sua camisa https://blogs.dw.com/doistoques/2013/10/31/promocao-no-bvb-troque-o-judas-gotze-por-mkhitaryan-em-sua-camisa/ Thu, 31 Oct 2013 17:09:11 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1263

A transferência de um ídolo nunca é bem recebida pela torcida. Quando Mario Götze, jovem promessa alemã e um dos queridinhos da torcida do Borussia Dortmund, se transferiu para o arquirrival Bayern de Munique semanas antes da final da Champions League entre os dois clubes, foi chamado de traidor, de “Judas” e de mercenário. A revolta foi tamanha, que muitos torcedores queimaram suas camisas ou taparam com fita isolante as cinco letras do nome do atleta, agora impronunciável pelos lados de Dortmund. Mas a direção do clube aurinegro encontrou uma solução boa para o torcedor e para o cofre do clube.

Uma promoção inusitada permite todos os torcedores, que levarem a sua camisa da temporada 2012/2013 com a inscrição de Götze nas costas até a loja oficial do BVB, trocar o nome do ex-ídolo pelo do novo camisa 10, o armênio Henrikh Mkhitaryan. É a clássica situação na qual todo mundo sai ganhando. Por míseros 29 euros (uma camisa nova custa 84,95 euros) o torcedor se livra do “Judas” e o clube faz uma bela de uma grana, já que na temporada passada, a camisa do Mario Götze foi a mais vendida (o clube vendeu no total 300.000 exemplares – novo recorde).   

Se a moda pega…

“Koan Neuer”: a torcida do Bayern de Munique protestou e repudiou a contratação de Manuel Neuer

Além da transferência de Mario Götze, existem outras histórias recentes e que revoltaram os torcedores na Bundesliga. Em 2011, o goleiro Manuel Neuer, que passou por todas as categorias de base do Schalke 04 e acabara de ser campeão da Copa da Alemanha, decidiu trocar os Azuis Reais pelo Bayern de Munique. Neuer, inclusive membro de uma das torcidas oganizadas do Schalke e posteriormente banido do fã-clube, foi rejeitado em Munique. Torcedores bávaros protestaram contra a contratação e após a sua chegada entregaram um codex de comportamento ao goleiro, que, entre outras coisas, o proibia de comemorar as vitórias junto dos torcedores, após as partidas.

Lothar Matthäus desolado depois de perder a Copa da Alemanha para seu futuro empregador: o Bayern

Porvavelmente o “Judas” mais popular no futebol alemão é Lothar Matthäus. Em 1984 o jogador do Borussia Mönchengladbach já estava acertado com o Bayern de Munique, quando, como em uma destas pecularidades do futebol, as duas equipes disputaram a final da Copa da Alemanha. E quis o destino que ele desperdiçasse exatamente um dos pênaltis na decisão. Semanas mais tarde, Matthäus seria apresentado como novo jogador do Bayern de Munique.

O Borussia Mönchengladbach está envolvido em outra transferência polêmica. Era 1995 e Heiko Herrlich acabara de ser o artilheiro da Bundesliga, mas o jogador queria porque queria deixar a equipe. Herrlich chegou a rejeitar participar dos treinamentos e a discussão foi tamanha, que o jogador e o diretor de futebol, Rolf Rüssmann, tiveram que resolver a situação perante o tribunal. No final das contas, Herrlich trocou de Borussia e foi para o Dortmund pelo valor recorde da época de 11 milhões de marcos alemães (cerca de 5,6 milhões de euros).  

Heiko Herrlich (dir.) em dividida com o ex-companheiro de Mönchengladbach, Stefan Effenberg.

Luís Figo é hors concours!

Não ocorreu na Bundesliga, mas é uma história que precisa estar em todas as galerias de transferências polêmicas de jogadores de futebol. No ano de 2000, Luís Figo era capitão do Barcelona; recebeu o prêmio Ballon d´Or (Bola de Ouro) de melhor jogador de futebol do mundo, segundo a revista francesa France Football; e no ano seguinte receberia, pelo desempenho em 2000, o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. E no meio disto, ele decidiu trocar a Catalunha pela capital espanhola. Luís Figo saiu do Barcelona e foi formar a primeira versão dos galáticos do Real Madrid, pelo valor recorde de 58 milhões de euros.

Cobrar escanteio no Camp Nou passou a ser uma aventura para Luís Figo, depois da ida para Madrid.

O auge do ódio pela traição de Figo, se mostrou em novembro de 2002, no “El Clásico” no Camp Nou, em Barcelona. Quando o português foi cobrar um escanteio, diversos objetos como garrafas, isqueiros, bolas de golfe e verdura podre foram jogados em sua direção. Um torcedor (há a versão que possa ter sido um funcionário do Barcelona) jogou inclusive uma cabeça de porco. A partida teve que ser interrompida por 13 minutos. 

Futebol é assim: envolve muita paixão e, em alguns lugares, também um pouco de política. Achar saídas para minimizar as dores do torcedor é papel dos clubes e o Borussia Dortmund encontrou uma bem original e interessante. Tomara que a moda pegue…

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Jogo do “gol fantasma” não é anulado https://blogs.dw.com/doistoques/2013/10/28/jogo-do-gol-fantasma-nao-e-anulado/ Mon, 28 Oct 2013 18:32:55 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1217

O Tribunal Esportivo da Federação Alemã de Futebol (DFB) decidiu nesta segunda-feira (28/10) que a partida entre Hoffenheim e Bayer Leverkusen não será repetida. No último dia 18 de outubro, o Bayer Leverkusen venceu por 2 a 1 com um “gol fantasma” de Stefan Kießling, no qual a bola entrou pelo lado de fora da rede. Por isso, o Hoffenheim entrou com recurso no DFB para obter a anulação e, consequentemente, a repetição da partida. Mas o veredicto do julgamento presidido pelo juíz Hans E. Lorenz, é de que não houve violação de regra, mas, sim, uma decisão factual. E esta, por mais que esteja errada, é intocável e irrevogável.

“O Tribunal Esportivo do DFB é independente. Nós não tomamos nossas decisões para agradar o DFB, a DFL (entidade que administra a Bundesliga) ou a Fifa”. Foram com estas palavras que o juíz Lorenz abriu a audiência, mas no final das contas o veredicto tomado representa exatamente a política e as normas estabelecidas pela Fifa: a decisão em campo do árbitro é sagrada e foi mantida. E o argumento final foi de que o árbitro da partida, Dr. Felix Brych, errou, sim, mas não violou nenhuma regra de jogo. Brych tomou uma decisão factual.

“Ninguém me falou que não foi gol” 

Durante o julgamento, Brych confirmou que o assistente Stefan Lupp lhe deu um sinal confirmando o gol. “As dúvidas iniciais com relação ao voo da bola foram eliminadas com a comunicação com Lupp”, disse Brych, que, pela regra, podia anular o gol até o apito que reiniciou a partida. “Mas ninguém me falou que não havia sido gol”. Brych alegou ainda que ele ficou com a visão do lance prejudicada, que perdeu a bola de vista e só voltou a vê-la dentro da rede. E isto não é desconhecimento da regra ou violação da mesma. É apenas uma decisão errada.

Stefan Kießling, autor do gol, que já havia declarado diversas vezes que também não viu o lance com clareza, manteve seu discurso. “Eu vejo a bola voando em direção ao lado de fora da rede. Minha vista estava bloqueada, não vejo a bola entrar, apenas que ela estava dentro. Meu primeiro pensamento foi que o goleiro desviou ela para dentro. Pensei em muitas possibilidades, mas não de que a rede tivesse um buraco”.

Kießling (mãos na cabeça) e a clara reação de lamentação pelo gol perdido, logo após a cabeçada

Kießling é considerado um esportista leal e muito por isso ele foi poupado de críticas na imprensa e pelo Hoffenheim. Porém, o treinador do Hoffenheim, Markus Gisdol, tocou em um ponto pertinente: “Se não repetirmos a partida, todos os jogadores optarão no futuro por sempre negar a irregularidade, a fim de manter os três pontos. Se a partida for repetida, estaremos fomentando um fair play em campo”. O clube ainda não decidiu se vai entrar com recurso.

Caso Helmer 

Em 23 de abril de 1994, o Bayern de Munique recebeu o FC Nürnberg no antigo Estádio Olímpico de Munique. E aos 26 minutos de jogo, o zagueiro Thomas Helmer, após cobrança de escanteio, se enrolou com a bola e a empurrou, rente a trave, mas para fora. Naquela época o Tribunal Esportivo decidiu pela repetição da partida com a seguinte argumentação: “O árbitro Hans-Joachim Osmers decidiu, apesar de a reação dos jogadores e torcedores implicar que a bola não havia entrado e sem ter perguntado ao assistente Jörg Jablonski, em dar o gol para o Bayern de Munique”. 

Osmers sabia que no segundo toque de Helmer, a bola havia saído, mas tinha dúvidas com relação ao primeiro toque. E quando olhou para o assistente Jablonski, este estava com a bandeirinha levantada. Os dois se comunicaram via contato visual achando que estavam sinalizando o mesmo lance, mas o grande erro, segundo o tribunal, foi o árbitro não ter ido perguntar o porquê da bandeira estar levantada. Ou seja, ele transferiu a decisão de dar o gol ou não ao assistente, sem saber de qual lance ele estava levantando o instrumento. Neste caso, a decisao factual foi eliminada e uma violação de regra, a de que a bola não ultrapassou a linha da meta, anulou o jogo. Com esta argumentação, o Tribunal Esportivo manejou a repetição daquela partida. E este erro de comunicação entre árbitro e assistente não houve em Hoffenheim: os dois viram a bola dentro do gol e se comunicaram claramente. 

Lance do “gol fantasma” de Thomas Helmer (encostado na trave), no jogo que viria a ser repetido

Tecnologia da linha do gol, já!

Cada vez mais a pressão pela implementação de uma tecnologia, que identifica se a bola entrou ou não, está ganhando voz. E de fato, para evitar tais discussões e injustiças, esta é a única saída. O esporte não vai perder seu charme ou sua fluidez. É preciso acompanhar a modernidade e a velocidade do jogo. É preciso deixar de ser antiquado e, ao menos nos lances de validação de gol, possibilitar a existência de uma rápida comunicação do árbitro com um oficial da liga ou da federação que, através de analise de vídeo e computação gráfica, possa dar o veredicto no momento do lance. E não como hoje em dia: uma semana depois em um tribunal.

O juíz Lorenz fechou a audiência desta segunda-feira, reivindicando exatamente esta evolução, à qual a única que se opõe é a Fifa e a identidade que regula a regras do futebol: a senil International Board: “Precisamos começar a pensar seriamente sobre a tecnologia da linha do gol. Modalidades como o hockey no gelo estão muito mais evoluídos, neste quesito, do que o futebol. Eu apoio totalmente a implementação desta tecnologia para aliviar a pressão sobre os árbitros”.

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França dá sorte no sorteio, mas reclama da Fifa com razão https://blogs.dw.com/doistoques/2013/10/22/franca-da-sorte-no-sorteio-mas-reclama-da-fifa-com-razao/ Tue, 22 Oct 2013 15:53:37 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1119

No final das contas a França deu sorte no sorteio da repescagem das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2014. É bem verdade, pelo time que possui a França também seria favorita contra Portugal e Croácia, mas convenhamos, eliminar a Ucrânia é uma tarefa mais do que possível. Porém, antes de realizado o sorteio, a Federação Francesa de Futebol reclamou do critério escolhido para definir os cabeças de chave da repescagem. E reclamou com razão.

O critério usado pela Fifa é o mais lógico e premia as seleções que tiveram o melhor desempenho nos últimos quatro anos: o ranking da Fifa. Nada mais justo do que as quatro melhores seleções não se enfrentarem no mata-mata pelas últimas vagas para o Mundial. O problema é que para somar pontos as seleções precisam jogar, obviamente. E é exatamente neste quesito que a França, por mais pífio que os resultados dos últimos quatro anos tenham sido, tem razão em alegar um desfavorecimento.

Como a França estava em um grupo com apenas cinco equipes, consequentemente, tiveram duas partidas oficiais a menos para pontuar e subir no ranking, em comparação com, por exemplo, a própria Ucrânia, que figura exatamente uma posição a frente dos franceses. E uma sexta equipe no grupo francês com certeza seria uma potência do calibre de San Marino, Luxemburgo ou Liechtenstein. Os ucranianos foram cabeça de chave e os franceses não. Façamos um comparativo entre as duas seleções nos últimos quatro anos, ou seja, de setembro de 2009 até a divulgação do ranking atual (período de vigência do ranking Fifa).

A Ucrânia disputou 49 partidas: 30 amistosos – 15 vitórias, 7 empates e 8 derrotas. Foram 3 jogos na Eurocopa – 1 vitória e 2 derrotas e 16 por Eliminatórias para Copas do Mundo – 9 vitórias, 5 empates e 2 derrotas. Ao todo, são 25 vitórias, 12 empates e 12 derrotas.
Já a França disputou 56 partidas: 25 amistosos – 12 vitórias, 6 empates e 7 derrotas. Foram 3 jogos na Copa do Mundo de 2010 – 1 empate e 2 derrotas; 4 partidas na Eurocopa de 2012 – 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas; 14 jogos pelas Eliminatórias para a Copas do Mundo – 8 vitórias, 5 empates e 1 derrota e 10 partidas pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2012 – 6 vitórias e 4 derrotas. Ao todo, foram 27 vitórias, 13 empates e 16 derrotas.

Andriy Yarmolenko (esq.) é uma das esperanças da Ucrânia. Aqui disputa lance com Gaël Clichy.

A matemática não deixa mentir

À primeira vista, a França deveria ter mais pontos no ranking. Jogou e venceu mais vezes, além de ter disputado duas competições oficiais que os ucranianos não jogaram: a Copa do Mundo de 2010 e as Eliminatórias para a Euro de 2012. E tais competições valem mais na fórmula da Fifa: P=R x I x S x C

P= pontuação no ranking
R= pontos do resultado do jogo
I= importância da partida
S= força da seleção adversária
C= força da confederação continental (média das duas que se enfrentam)

R= 3 pontos po vitória, 2 por vitória nos pênaltis, 1 por empate ou derrota nos pênaltis e 0 por derrota.
I= x 4 Copa do Mundo, x 3 Copas continentais e Copa das Confederações, x 2,5 Eliminatórias para Copa do Mundo e Copas continentais e x 1 para amistosos. 
S= 200 – posição no ranking dividido por 100
C= Uefa e Conmebol (1 ponto), Concacaf (0,88), AFC e CAF (0,86) e OFC (0,85)

Mas se a França teve mais jogos oficiais, mais vitórias – por que então está atrás da Ucrânia no ranking? Isto porque há ainda um detalhe muito importante na computação dos pontos. Cada um destes últimos quatro anos recebe um peso diferente. Os últimos 12 meses têm um multiplicar de x1,0. E os anos subsequentes com os multiplicadores x0,5 – x0,3 e x0,2. Ou seja, na frente da fórmula básica (P= R x I x S x C) basta colocar para cada ano o multiplicador 100, 50, 30 ou 20. 

O fato da Ucrânia não ter disputado as Eliminatóias para a Eurocopa (era uma das anfitriãs) e a Copa do Mundo de 2010 não possui mais tanta importância no ranking. E sim, muito mais, o fato de ter somado 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota em jogos oficiais nos últimos 12 meses e os franceses terem somados 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota.  

E no final das contas, são exatamente as duas vitórias da Ucrânia contra o lanterna deu seu grupoe, San Marino, que fizeram a diferença. Mesmo sendo um das seleções mais fracas do mundo, o cálculo é feito da mesma maneira como se o adversário fosse outro time da Europa. Vejamos o cálculo para a última vitória ucraniana por 8 a 0 contra San Marino, 207ᵃ no ranking: 3 x 2,5 x 0,5 x 1= 3,75 x 100= 375 pontos. Desta forma, a Ucrânia somou nestas Eliminatórias 750 pontos a mais que a França (375 de cada vitória contra San Marino).

Yohan Cabaye (6) fechou o placar na Eurocopa de 2012, o último duelo entre as duas seleções

A reclamação francesa, portanto, é válida e legítima. Tivesse a França tido em seu grupo San Marino e a Ucrânia feito duas partidas a menos, os franceses seriam cabeça de chave, e não os ucranianos. Talvez não teria mudado em nada o resultado do sorteio, mas mais importante ainda: tivesse a França tido um retrospecto melhor e não perdido 4 dos 7 amistosos que disputou (Japão, Alemanha, Uruguai e Brasil), estaria hoje em uma melhor posição.

Elencos parecidos com o do último encontro

Fato é também, que nos dias 15 e 19 de novembro França e Ucrânia disputarão uma vaga para a Copa do Mundo. Para os franceses basta manter a supremacia no confronto. As duas nações já se enfrentaram sete vezes, com quatro vitórias francesas e três empates. No último encontro, na fase de grupos da Eurocopa, a França derrotou a Ucrânia por 2 a 0, em Donetsk, gols de Yohan Cabaye e Jérémy Ménez. Se compararmos os convocados das últimas partidas com a daquele confronto na Euro, os elencos são bastante parecidos:
França: 13
– goleiros: Hugo Lloris (Tottenham-ENG) e Steve Mandanda (Olympique Marseille)   
– defesa: Patrice Evra (Manchester United-ENG), Mathieu Debuchy (Newcastle United-ENG), Gaël Clichy (Arsenal-ENG) e Laurent Koscielny (Arsenal-ENG)
– meio: Yohan Cabaye (Newcastle United-ENG), Franck Ribéry (Bayern München-GER), Samir Nasri (Manschester City-ENG), Mathieu Valbuena (Olympique Marseille) e Blaise Matuidi (Paris Saint-Germain)
– ataque: Karim Benzema (Real Madrid0-ESP) e Olivier Giroud (Arsenal-ENG)
Ucrânia: 12
– goleiros:
Andriy Pyatov (Shakhtar Donetsk) e Maxym Koval (Dínamo Kiev)
– defesa: Oleksander Kucher (Shakhtar Donetsk), Vyacheslav Shevchuk (Shakhtar Donetsk) e Yaroslav Rakitskiy (Shakhtar Donetsk)
– meio: Anatoliy Tymoshchuk (Zenit St.Petersburg-RUS), Oleh Gusev( Dínamo Kiev), Andriy Yarmolenko (Dínamo Kiev), Yevhen Konoplyanka (Dnipro Dnipropetrovsk) e Ruslan Rotan (Dnipro Dnipropetrovsk)
– ataque: Yevhen Seleznyov (Dnipro Dnipropetrovsk) e Marko Devic (Metalist Kharkiv)    

Franck Ribéry, aqui marcando o seu golaço contra a Finlândia, é a principal estrela da França

Se no papel, e podemos adicionar a volta de Eric Abidal e a nova promessa francesa Paul Pogba, a França é bastante superior. Mas se formo levar somente os números em consideração, a Ucrânia está invicta em 2013: oito vitórias e dois empates. E tirando os dois confrontos contra San Marino, os ucranianos anotaram 14 gols e sofreram dois em oito jogos. Já a França somou neste mesmo ano quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas com 17 gols marcados e 10 sofridos em 10 jogos.

Transpor essa defesa ucraniana será a missão de Franck Ribéry, eleito melhor jogador da última temporada europeia, e Olivier Girou e Karim Benzema, que estão em boa fase nos seus clubes. E já que o sorteio foi bondoso com a campeão mundial de 1998, digamos que, desta vez, os franceses deveriam (e devem) alcançar a classificação para a Copa jogando futebol com os pés, e não como Thierry Henry.

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Que país é teu? https://blogs.dw.com/doistoques/2013/10/15/que-pais-e-teu/ Tue, 15 Oct 2013 15:38:10 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1007

Uma discussão delicada e complexa voltou a ter destaque na Europa na última semana. Num mundo cada vez mais globalizado, com uma crescente miscigenação de etnias e a locomoção, principalmente no continente europeu, bastante facilitada, está cada vez mais impraticável definir a nacionalidade das pessoas. Na mesma semana que o treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, declarou que iria se encontrar com o jogador do Atlético de Madrid, Diego Costa, a fim de convencê-lo a não atuar pela seleção da Espanha, um caso muito mais intrigante, digno de tabuleiro do jogo estratégico War, colocou um jovem de 18 anos de idade nos holofotes da mídia: o atacante do Manchester United Adnan Januzaj.

Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Januzaj é filho de pais kosovares de etnia albanesa. Só aí já são três nacionalidades. Além disto, a família da mãe do atleta, que possui raízes croatas, fugiu do regime da ex-Iugoslávia para a Turquia, e por tanto tem avós turcos. E para complicar ainda mais a situação, o Kosovo não é um país reconhecido oficialmente e o território é disputado por albaneses e sérvios. Se já não bastasse o imbróglio geográfico e político envolvendo as novas nações que se formaram do antigo território iugoslavo, agora a Inglaterra, país onde Januzaj atua desde 2011, também quer naturalizar o jovem talento.

Ao todo são sete países interessados no futebol de Januzaj. Para não criar problemas no futuro, ou tentar fazer com que Januzaj defenda as cores da Albânia, o pai do atleta proibiu que ele atuasse por seleções de categoria de base. Ambos descartaram diversas investidas da federação belga e, ao que tudo indica, as opções de atuar pela Sérvia, Croácia ou Turquia não passam na cabeça da família Januzaj.

E a vontade da Inglaterra em tê-lo também é hipotética e vai de encontro com o acordo fechado em 1993 entre as quatro federações de futebol do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), que determina que todos os atletas sem qualquer vínculo sanguíneo precisam comprovar no mínimo cinco anos de formação no determinado país. No caso de Januzaj, o clube formador foi o RSC Anderlecht, da Bélgica, do qual se transferiu a pedido de Sir Alex Ferguson, para o Manchester United, na temporada 2011/2012.

Xherdan Shaqiri, nascido no Kosovo, jogará a Copa do Mundo pelo país adotivo: a Suíça

Teoricamente só sobra a Albânia. O jogador, porém,  já teria dito que gostaria de atuar pela seleção do Kosovo, que ainda não existe. Sem possuir a legitimação da Fifa e do COI, o Kosovo só pode atuar em partidas amistosas, sem caráter oficial, sem ostentar a bandeira de um país que, oficialmente, não existe. E, muito por entender esse manifesto como uma forma de alavancar a legitimação do país, Januzaj declarou que gostaria de atuar pela seleção kosovar. Até que ponto ele vai sustentar esta posição é tão incerto quanto o fim da disputa territorial naquela região. Adnan Januzaj tem a difícil decisão de defender as nações dos seus pais, no caso Albânia ou Kosovo, e, assim como o liberiano George Weah nos anos 90, estar fadado a nunca alcançar grandes feitos com a seleção ou optar por fazer parte de uma equipe com mais potencialidade no cenário do futebol mundial, caso da Inglaterra, Bélgica, Croácia ou Turquia.

Multinacionalidades também na seleção da Alemanha

Januzaj não é o único kosovar de renome no futebol mundial. Os meiocampistas Xherdan Shaqiri, do Bayern de Munique, e Valon Berahmi, atualmente no Napoli, nasceram no Kosovo mas defendem a seleção suíça e, de quebra, estarão na Copa do Mundo de 2014. A Suíça, por sinal, possui em seu elenco uma diversidade de nove nacionalidades e descendências. A grande parte até nasceu na Suíça, mas poderia muito bem ter optado em atuar pelo país de origem de seus pais.

Se for feito um paralelo, até seleções do porte de uma seleção alemã de futebol, têm em seu currículo diversos jogadores que possuem raízes estrangeiras. E isto, porque a legislação alemão não permitia tal acontecimento até o final do governo de Helmut Kohl, na década de 90. Entre os mais famosos estão os poloneses Lukas Podolski e Miroslav Klose, o ganês Gerald Asamoah, o suíco Oliver Neuville e o esloveno Fredi Bobic. Até três brasileiros já vestiram a camisa da Alemanha: Kevin Kurányi (52 jogos e 19 gols), Cacau (23 jogos e 6 gols) e Paulo Rink (13 jogos).

Na Copa do Mundo de 2010, a Alemanha teve em seu elenco 11 jogadores ou nascidos em outro país ou com descendência estrangeira:
Miroslav Klose  – atacante – nasceu em Opole, na Polônia
Lukas Podolski – atacante – nasceu em Gliwice, na Polônia
Piotr Torchowski – volante – nasceu em Tczew, na Polônia
Mesut Özil – meia – filho de pai turco
Serdar Taşçı – zagueiro – neto de turcos
Sami Khedira – volante – filho de pai tunesiano
Dennis Aogo – lateral – filho de pai nigeriano
Jérôme Boateng – zagueiro – filho de pai ganês
Mario Gómez – atacante – filho de pai espanhol
Marko Marin – atacante – nasceu em Bosanska Gradiška, ex-Iugolsávia
Cacau – atacante – nasceu em Santo André, no Brasil

Caso Diego Costa: te quero, mas não te convoco

A dúvida em escolher um país para um dia jogar ou não uma Copa do Mundo não é ponto decisitório para o brasileiro Diego Costa. O sergipano se mudou para a Europa ainda com 16 anos de idade para atuar nas categoria de base do Sporting Braga de Portugal. Daí em adiante, Diego Costa jogou por outros sete clubes portugueses e espanhóis. O atacante brasileiro nunca esteve em um clube profissional do Brasil, fez toda a sua carreira no futebol na Europa e possui a cidadania espanhola. E então, jogar pela pátria de nascimento ou pela pátria de formação?

Diego Costa já marcou dez gols em oito partidas pelo Campeonato Espanhol e é artilheiro isolado à frente de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo

Existe uma regra estipulada pela Fifa, que regulamenta estes casos de dupla nacionalidade. Se um atleta já atuou na seleção principal por um país, ele está inviabilizado a jogar pelo outro. Mas no caso de Diego Costa, a Fifa já sinalizou que dará o aval para que o brasileiro atue pela seleção da Espanha, mesmo o atleta já tendo disputado dois jogos pela seleção brasileira. Isto porque, os jogos não foram oficiais. Em março deste ano, Luiz Felipe Scolari havia convocado Diego Costa para os amistosos do Brasil contra Rússia e Itália. Diego entrou no segundo tempo de ambas as partidas. No campo, a seleção brasileira precisa mais do Diego Costa, mas fora dele, a Espanha deu mais para o atleta. Felipão não deveria procurar a conversa com o jogador. Deveria convocá-lo ou deixar, juntamente com a CBF, que Diego Costa dê sequência à sua carreira.

Atualização 16.10.2013: segundo a agência de notícias esportivas SID, a CBF já teria enviado à Federação Espanhola de Futebol (RFEF) um documento declarando que Diego Costa não atuou em partidas oficiais pela seleção brasileira. Com este documento, o atleta está livre para atuar pela Espanha. A CBF, porém, reiterou na notificação à RFEF que o treinador Luiz Felipe Scolari pretende contar com o atleta. Então que convoque. Basta ver se Diego Costa vai aceitar, já que ele deixou claro a preferência em defender as cores da atual campeã mundial.

Aliás, este argumento da Fifa, alegando a eligibilidade de um atleta por uma segunda seleção quando este atuou apenas em amistosos pela primeira seleção, não ostenta um raciocínio lógico. Porque para o ranking da Fifa, que estabelece os cabeças de chave para uma Copa do Mundo, os inúmeros amistosos disputados nos últimos quatro anos ajudam a somar pontos e angarriar uma melhor posição no ranking, mas quando se trata da eligibilidade de um jogador de futebol, estes mesmos amistosos perdem o seu valor?

Fica a reflexão.

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Bayern soberano e Moyes imita Ferguson https://blogs.dw.com/doistoques/2013/09/18/bayern-soberano-e-moyes-imita-ferguson/ Wed, 18 Sep 2013 17:45:18 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=763

A nova temporada da Uefa Champions League começou da mesma maneira como terminou a última: com gol do Bayern de Munique. Se foi Arjen Robben que anotou, já no apagar das luzes no estádio de Wembley, o gol do título dos bávaros, coube ao jovem austríaco David Alaba marcar o primeiro gol da 22ᵃ edição da principal competição de clubes do mundo. No final das contas, foi uma vitória tranquila por 3 a 0 do Bayern de Munique contra o campeão russo CSKA Moscou, pelo grupo D.   

Alaba, eleito melhor jogador da Áustria por dois anos consecutivos, marcou seu terceiro gol na Champions League – o curioso é que sempre nos extremos das partidas: contra o CSKA aos três minutos, em uma belíssima cobrança de falta, lembrando os melhores anos de Juninho Pernambucano. Contra a Juventus, pelas quartas de final da temporada passada, ainda mais rápido: logo no primeiro minuto de jogo. E na fase de grupos do mesmo ano, anotou seu primeiro gol contra o Bate Borisov, da Bielorússia, aos 38 minutos do segundo tempo.

David Alaba (esq.) e Toni Kroos (39) foram os nomes da vitória do Bayern de Munique

Além do gol, Alaba ainda deu a assistência para o terceiro da noite, marcado por Robben, aos 22 minutos do segundo tempo. Antes, aos 41 minutos de jogo, Mario Mandzukic, em posicão no mínimo duvidosa, havia anotado seu quarto gol na Champions League – seu primeiro na casa do Bayern de Munique. Esta foi a décima estreia vitoriosa consecutiva dos bávaros na Champions League e a oitava sem sofrer gol.

O domínio do Bayern foi amplo. Com 66% de posse de bola, os comandados de Pep Guardiola não deram chances para o CSKA e tiveram em Toni Kroos o maestro no toque de bola. O meia alemão efetuou 82 passes e errou apenas um único: incríveis 98,8% dos passes de Kroos alcançaram um companheiro. Guardiola deve ter ficado orgulhoso…

200 gols para Rooney e David Moyes nos passos de Sir Alex Ferguson

Se depender da impressão deixada na primeira rodada no grupo A, o Bayer Leverkusen terá grandes dificuldades para passar às oitavas de final. Não tanto pela derrota por 4 a 2 contra o Manchester United, mas mais pela vitória, fora de casa, do time mais brasileiro da Champions League, o Shakhtar Donetsk, por 2 a 0 contra a Real Sociedad.

É bem verdade, que o primeiro gol do United, marcado por Wayne Rooney, infringiu três regras do jogo e mesmo assim nenhum dos cinco membros da arbitragem conseguiu enxergar e anular a jogada . Patrice Evra, que faria o cruzamento para o gol, recebeu a bola em impedimento e o equatoriano Luis Antonio Valencia, além de estar em impedimento, interferiu diretamente na jogada se posicionando na frente do goleiro Bernd Leno, que teve seu campo de visão e sua movimentação obstruidos, na tentativa em defender o chute de Rooney.

Rooney, com dois gols, uma assistência e um gol perdido incrível, quando driblou o goleiro e errou o alvo vazio, foi o homem do jogo. Com o segundo gol, anotado aos 24 minutos da segunda etapa, após uma lambança da zaga do Leverkusen, o atacante alcançou a marca de 200 gols pelo Manchester United.

Luis Antonio Valencia, impedido, obstrui o goleiro Bernd Leno no primeiro gol de Wayne Rooney

O holandês Robin van Persie também mostrou toda a sua classe. Com um lindo voleio o atacante concretizou uma marca impressionante: é a décima temporada seguida na qual “RvP” marca um gol. Do primeiro gol, ainda atuando pelo Arsenal, marcado na fase de grupos da temporada 2004/2005 na goleada por 5 a 1 contra o Rosenborg da Noruega, até o tento contra o Leverkusen, van Persie somou 22 gols na Champions League. Quatro vestindo a camisa do Manchester United. Luis Antonio Valencia completou o placar para os ingleses e Simon Rolfes e Ömer Toprak para o Bayer Leverkusen.

Assim como Sir Alex Ferguson, David Moyes estreou na Champions League com uma vitória por 4 a 2, em Old Trafford

Esta foi a primeira partida do novo treinador do Manchester United, David Moyes, na Uefa Champions League. Moyes que nunca havia alcançado esta competição com o Everton, carrega o grande peso de substituir a lenda Sir Alex Ferguson, que ficou incríveis 27 anos em Old Trafford. Assim como seu precursor, David Moyes é escocês. E assim como Ferguson, a estreia de Moyes na Champions League foi com uma vitória por 4 a 2, em casa. Praticamente 20 anos atrás, no dia 14.09.1994, Sir Alex Ferguson estreava com uma vitória por 4 a 2 contra o IFK Göteborg da Suécia, em Old Trafford. Naquela noite, um certo Ryan Giggs, que atualmente ainda está no elenco e ocupa também a função de assistente técnico de David Moyes, marcou dois gols.

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